Kiran, 28 anos, sabe que poderia passar por situações arriscadas a qualquer momento. Pastor na região norte do país, ele ministra onde há grupos que se opõem ativamente à obra missionária. Mas o que ele menos esperava era um ataque, ocorrido no dia 7 de junho, quando estava a caminho da cidade para comprar utensílios para a sua casa.
Ao andar pela rua, ele notou um grupo de estudantes da escola bíblica, que desfrutavam de férias antes de começar o ministério de tempo integral entre os não alcançados. Ansioso para ver como eles estavam, se aproximou para cumprimentá-los.
Ele não percebeu que seus amigos estavam sendo interrogados por 12 jovens que se opunham ao cristianismo. Quando os doze viram o pastor, reconhecendo-o como pastor na região, se enfureceram e levantaram a voz contra o cristianismo e a obra missionária.
Os cinco estudantes conseguiram escapar, mas Kiran foi encurralado por uma multidão, que a essa altura já era de setenta e cinco pessoas. Eles imediatamente o derrubaram e o arrastaram.
Kiran foi agredido durante três horas. Em seguida, levaram-no para um local público, com a intenção de quebrar suas pernas e mãos com uma barra de ferro, mas não conseguiram achar tal arma.
Abalado emocional e fisicamente, Kiran ficou inconsciente. Um líder de um grupo anticristão se aproximou e interveio em favor de Kiran, pedindo para que a multidão o deixasse.
Kiran permaneceu deitado no chão por mais meia hora. Quando conseguiu se levantar, pegou um ônibus em direção a sua vila. Mas no caminho o ônibus parou, e Kiran teve que andar cerca de dois quilômetros até uma aldeia próxima, onde ele pôde ficar por um tempo e descansar por uma semana na casa de um novo convertido que ele mesmo evangelizara.
Durante aquela semana, Kiran começou a sentir dores muito fortes em várias partes do corpo. Ele também continuou fraco, não podendo permanecer sentado por muito tempo. Num hospital local, exames revelaram ferimentos internos em seu pescoço, cotovelo, perna e braço.
Ele ainda continua sentindo dores, mas, mesmo assim, seu ministério continua. Esse episódio fez com que muitos cristãos passassem a ficar com medo da real ameaça de ostracismo, caso continuem a servir a Jesus, mas Kiran continua visitando-os e encorajando-os a permanecerem firmes na fé. E sua esperança é que seus perseguidores venham a se tornar seus amigos e conhecer o Deus que ele ama.
Por favor, orem pelo pastor Kiran, sua esposa e seus dois filhos. Que ele leve a efeito a obra missionária na cidade onde foi agredido, ainda que a pressão contra os cristãos aumente. Dois dias depois da agressão, um dos agressores confrontou um estudante da escola bíblica que voltava para casa. Ele agarrou a mochila que continha a Bíblia e a queimou publicamente. Por favor, orem para que Deus transforme esse lugar num local de proclamação do evangelho.
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