A posição do Brasil continua sendo a de que "não há solução militar" para o conflito que já dura 27 meses e deixou mais de 80 mil mortos, segundo as Nações Unidas.
Segundo fontes diplomáticas brasileiras, a "essência" de um acordo eficiente é determinar o cessar-fogo dos dois lados e garantir a segurança de cada comunidade religiosa do país – já que o conflito assumiu, em grande parte, um perfil sectário.
Ao longo de dois anos, a guerra colocou em confronto a maioria sunita, que forma a base da oposição, e as minorias alauita – à qual pertence o ditador Bashar Assad –, xiita, cristã e drusa. Entre as minorias, há o sentimento de que só Assad é capaz de garantir sua proteção – argumento usado também por países que defendem o regime.
Em visita ao Rio de Janeiro na última terça-feira, o chanceler russo, Serguei Lavrov, disse que sondaria a possibilidade de participação do Brasil nas discussões, previstas para julho. Segundo ele, a contribuição do país seria um "prazer, considerando sua posição objetiva e equilibrada".
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