O Papa Bento XVI aconselha os jovens a manter “a castidade dos gestos e das palavras” durante o período do namoro para preparar o casamento na mensagem publicada na segunda-feira para a XXII Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em 1º de abril.
Na mensagem de Bento XVI, dedicada a todas as formas de “amor”, se explica aos jovens que “aprender a amar como casal é um caminho maravilhoso, mas precisa de uma aprendizagem trabalhosa”.
O Papa acrescenta que “o período do namoro, fundamental para construir o casamento, é um tempo de espera e de preparação, em que é preciso viver na castidade dos gestos e das palavras”.
Segundo Bento XVI, a castidade permite “amadurecer no amor e ajuda a exercitar o autocontrole, a desenvolver o respeito pelo outro, que são características do verdadeiro amor que não busca em primeiro lugar a própria satisfação nem o próprio bem-estar”.
Além disso, o Papa disse aos jovens que, na hora de preparar seu casamento, não façam caso do “preconceito divulgado” que alega que o cristianismo, “com seus mandamentos e suas proibições, põe obstáculos à alegria do amor e impede desfrutar plenamente aquela felicidade que o homem e a mulher buscam em seu recíproco amor”.
Mas Bento XVI também explica que, se “o casamento cristão é uma verdadeira e autêntica vocação na Igreja”, também se deve estar preparado para dizer “sim se Deus os chamar para segui-lo no caminho do sacerdócio ministerial ou da vida consagrada”.
Outro tipo de amor para o Papa é “o da vida cotidiana, com suas múltiplas relações”, no qual pede aos jovens que cultivem seus próprios talentos, “não só para conquistar uma posição social, mas também para ajudar os demais a crescer”, e que desenvolvam suas capacidades, “não só para serem mais competitivos e produtivos, mas para serem testemunhas da caridade”.
O Pontífice convida os jovens a “renunciar com alegria” a algumas diversões e a aceitar “de boa vontade os sacrifícios necessários”.
O Papa também os aconselha a imitar a vida dos santos, “que são o canal e o reflexo deste amor original”, e cita a obra de Madre Teresa de Calcutá, que reconheceu “o rosto desfigurado, sedento de amor, no rosto dos mais pobres entre os pobres”.
Bento XVI também diz aos jovens que “a fonte do amor verdadeiro é única: é Deus”, e que a “manifestação do amor divino é total e perfeita na Cruz, quando Cristo morreu por todos nós”.
“O Crucificado, que depois da ressurreição leva para sempre os sinais da própria paixão, revela as ‘falsificações’ e mentiras sobre Deus, que se ocultam sob o manto da violência, da vingança e da exclusão”, acrescenta
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