A maior organização mundial de países muçulmanos manifestou sua contrariedade com o plano do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, de transferir a embaixada de seu país de Tel Aviv para Jerusalém.
“A Organização para a Cooperação Islâmica [OCI] condena o presidente eleito do Brasil por se comprometer a transferir a embaixada de seu país para a cidade ocupada de Al-Quds [Jerusalém], convidando o Brasil a reconsiderar essa posição ilegal, em flagrante violação do direito internacional e de relevantes resoluções da ONU”, disse a organização em um comunicado.
O secretário-geral da OCI, Yousef Al-Othaimeen, exortou Brasília a “honrar os compromissos legais e políticos no âmbito do direito internacional e das resoluções da ONU, convidando-a a tomar posições que gerem maior apoio à paz, baseada na visão de dois Estados”.
Com 57 estados-membros em quatro continentes, a OCI é a segunda maior organização intergovernamental do mundo, após as Nações Unidas. Em setembro, o comitê executivo da organização, reunido em Nova York em reunião paralela à Assembleia-Geral da ONU, reiterou “sua determinação de tomar medidas políticas, econômicas e outras contra países que reconheçam Al-Quds como a capital de Israel ou realoquem suas embaixadas para lá”.
Críticas ao presidente eleito
A ação da Organização para a Cooperação Islâmica, presidida atualmente pela Turquia, vem na esteira de manifestações de autoridades palestinas, do grupo terrorista Hamas, bem como dos governos do Catar e do Egito.
Até agora o gabinete de Bolsonaro não se manifestou sobre a as críticas que vem recebendo após o anúncio de mudança drástica na política exterior.
Os Estados Unidos transferiram sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém em maio, provocando fúria entre os palestinos, que consideram a parte leste da cidade, anexada por Israel, a capital do seu futuro Estado. Guatemala e Paraguai seguiram o exemplo, embora o vizinho do Brasil tenha recusado posteriormente.
No ano passado, a OCI publicou um documento oficial onde afirma: “Proclamamos Jerusalém Oriental capital do Estado da Palestina e convocamos os outros países a reconhecerem o Estado da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital ocupada”.
Alheio ao movimento dos países islâmicos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse a Bolsonaro que sua eleição “levaria a uma grande amizade entre nossos povos e ao estreitamento dos laços entre o Brasil e Israel”.
O premiê deverá comparecer à cerimônia de posse de Bolsonaro em janeiro. Israel deverá ser um dos primeiros países visitados pelo capitão assim que assumir o governo. Com informações de Times of Israel
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