Os ministros árabes dos Negócios Estrangeiros propuseram medidas restritivas contra o acesso a canais satélites de televisão na região. Estas propostas suscitaram críticas, apesar das garantias dadas pelos dirigentes árabes sobre a liberdade de expressão das populações. Acredita-se que o motivo por trás das medidas sejam os programas evangelísticos que estão "convertendo" cenenas de muçulmanos.
Uma fonte diplomática qatariota criticou severamente estas propostas avançadas pelo Egito e pela Árabia Saudita, estimando que elas resultariam num atentado à liberdade de expressão na região.
Nos termos destas propostas, as redes televisivas não estariam autorizadas a difundir elementos de informação que questionem "a paz social, a unidade nacional, a ordem pública, a moral árabe e os interesses superiores religiosos do mundo árabe".
Por sua vez, o ministro egípcio da Informação, Anas El Fiqqi, indicou que as propostas não tinham por finalidade restringir o acesso aos "satélites".
"O Qatar estima que esta resolução deverá ser submetida às instâncias jurídicas e legislativas dos países árabes antes de ser aceita, uma vez que a liberdade de imprensa não deverá ser objeto de restrições", declarou Mohammed El Malky, embaixador do Qatar no Cairo, citado pela imprensa local.
Importante destacar que a Al Jazeera, canal satélite mais popular e mais influente do mundo árabe, está sediada na capital do Qatar.
A estação televisiva orgulha-se pela sua intransigência para ceder às exigências dos governos árabes e defender a liberdade de imprensa, e por muitas vezes os seus escritórios fechados e os seus jornalistas expulsos de vários países da região.
As organizações de defesa dos direitos humanos e da liberdade da imprensa indicaram que as novas restrições baseiam-se em "afirmações sem fundamento e irracionais", afirma a Rede Árabe para a Informação e Direitos Humanos, num comunicado.
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