Pais famintos comem os próprios filhos na Coreia do Norte
Perseguição aos cristãos cresce em meio a caos do governo
Novamente surgem informações de que pais famintos estão comendo os próprios filhos na Coreia do Norte. A denúncia foi feita por jornalistas que teriam se infiltrado no país mais fechado do planeta. Não é a primeira vez que relatos do tipo são divulgados. Mas como tudo relacionado com a nação mais fechada do mundo, é difícil de ser comprovada. O fato é que a fome, que matou milhares de pessoas no país na década de 1990, está de volta. Simplesmente não existe comida suficiente para alimentar os 24 milhões de norte-coreanos. Embora negue a fome, o governo de Kim Jong-Un reclama das dificuldades decorrentes do embargo que o país sofre devido a seu programa nuclear. Também admite que é a pior crise de alimentos em três décadas. A agência Reuters informa que o principal é que o país enfrenta a maior seca desde 1982, tendo chovido apenas um terço do esperado para o período. Foram cerca de 70 dias sem chuva. Tropas do Exército protegem 24 horas as plantações que ainda persistem e toda água disponível vai para as terras agrícolas. A missão Christian Aid afirma que nos contextos de crise quem sofre primeiro sãos os cristãos, privados pelo governo de seus direitos mais básicos simplesmente por causa de sua fé. Segundo a organização cristã, existem trabalhos consistentes de missionários que conseguem contrabandear alimentos e oferecer apoio aos cristãos da “igreja subterrânea” norte-coreana. Com isso, mais perseguição e prisões estão ocorrendo, sempre com a acusação de espionagem e de traição aos ideais da pátria. “Este é o estilo típico de acusação do governo. Para controlar o seu povo, eles precisam culpar alguém, e muitas vezes os cristãos são os primeiros a serem acusados”, afirma um dos missionários que trabalha no país. “Eles fazem falsas acusações aos cristãos pois por causa do seu testemunho as pessoas estão sendo alcançados e as suas vidas são mudadas pelo amor de Cristo.” Semana passada, dois turistas americanos foram presos por ter esquecido sua Bíblia em um quarto de hotel. O governo os acusa de proselitismo e de ameaça ao regime. A Missão Portas Abertas coloca a Coreia do Norte ainda em primeiro lugar na lista dos maiores perseguidores dos cristãos no mundo.
“Acredita-se que pelo menos 25% dos cristãos estejam definhando em campos de trabalho forçados por que se recusaram a adorar os membros da dinastia Sung, fundadores da Coreia do Norte, como a deuses”. Em 2012, um relatório da Missão indicava que mais de 70.000 cristãos estavam aprisionados em campos de concentração norte-coreanos.
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