Casal se entregou à Justiça na tarde desta quinta-feira (3), em São Paulo.
Prisão de Alexandre Nardoni e Anna Carolina foi pedida na quarta-feira (2).
O pai e a madrasta da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, chegaram ao 9º DP (Carandiru), na Zona Norte de São Paulo, pouco antes das 18h desta quinta-feira (3). Pouco antes, se apresentaram ao juiz do 2º Tribunal do Júri do Fórum de Santana, que pediu a prisão do casal.
Alexandre Nardoni, de 29 anos, e Anna Carolina Jatobá, de 24, também devem passar pelo Insituto Médico-Legal (IML) para exame de corpo de delito. Isabella morreu no sábado (29) após cair do 6º andar de um prédio na Zona Norte da capital. Ela havia acabado de chegar de um jantar com o pai, a madrasta e dois irmãos menores.
De acordo com o delegado Aldo Galeano, diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), ainda nesta noite Alexandre será transferido para o 77º DP, em Santa Cecília, e Anna Carolina irá para o 89º DP, no Portal do Morumbi.
Cronologia do caso
Alexandre e Anna tiveram a prisão temporária decretada na quarta-feira (2). Segundo o delegado-adjunto do 9º Distrito Policial (Carandiru), Frederico Rehder, os advogados do casal foram notificados da decisão no final da noite de quarta. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ), a prisão é de 30 dias e pode ser prorrogada por mais 30.
No início desta quinta, ambos divulgaram cartas, escritas de próprio punho, em que dizem não serem culpados pela morte da criança e dão detalhes do relacionamento com Isabella. Nos textos, Alexandre e Anna Carolina dizem que não tinham se pronunciado ainda porque acreditavam “que o caso seria solucionado” e que acreditam que a “verdade prevalecerá”.
Perícia
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) voltaram ao prédio na Zona Norte de São Paulo onde mora Alexandre Nardoni na noite desta quarta-feira (2). Foi a terceira vez desde a morte da garota, no fim da noite deste sábado (29). Desta vez, eles usaram equipamentos sofisticados para encontrar pistas que ajudem a desvendar o caso.
Os peritos usaram um material capaz de detectar vestígios de sangue. Trata-se de um composto químico conhecido como luminol. Em contato com sangue, a mistura reage e libera uma luz verde ou azulada. A reação química revela, por exemplo, pegadas de sangue imperceptíveis a olho nu e só detectadas com a ajuda de uma luz forense.
Crime
A polícia investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes de o corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício no sábado (29) ou se ela se jogou do 6º andar do prédio no Carandiru.
Peritos do Instituto de Criminalística (IC) voltaram na noite de quarta ao apartamento da família para procurar mais pistas. Eles usaram materiais, capazes de identificar vestígios de sangue.
A polícia trabalha sobre a versão contada pelo pai da criança que, desde o primeiro dia, afirma ser inocente. Ele conta que deixou a menina em um quarto, dormindo, enquanto foi até a garagem ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. A família havia chegado de um jantar na casa da sogra dele, por volta de 23h30.
Alexandre Nardoni afirma que deixou o imóvel trancado depois de colocar a menina na cama. Quando subiu, viu que ela não estava no cômodo e percebeu que a tela de proteção na janela estava rasgada. Em seguida, relatou ter visto o corpo da criança no jardim. Ele sustenta a versão de que alguém entrou na casa, possivelmente para assaltar, mas a polícia diz que nada foi roubado.
Fonte: G1
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