Padre ataca homossexualidade, mas defende pedofilia
Mais um líder católico é afastado após declaração polêmica
Está ocorrendo na Itália o Sínodo da Família, entre 4 a 25 de outubro, onde cerca de 400 cardeais e bispos, de todos os continentes, debatem os desafios encarados pela família diante das mudanças da sociedade moderna. Ao mesmo tempo, o Vaticano se vê obrigado a afastar mais um padre por causa de declarações polêmicas.
É o segundo caso esta semana. O primeiro foi o polonês Krysztof Olaf Charamsa, 43 anos. Ele revelou a dois jornais que é homossexual e tem um companheiro. Disse ainda: “O clero é amplamente homossexual e também, infelizmente, homofóbico até a paranoia”.
Desta vez foi o padre Gino Flaim, da igreja San Pio X, em Trento, Itália. Falando à emissora La7 TV, defendeu os casos de pedofilia “Conheço as crianças e infelizmente, algumas delas precisam de atenção que não recebem em casa. Se encontram um padre e ele cede… Isso eu entendo”, disparou.
Durante o programa L’aria che tira, foi instigado a responder se as crianças são responsáveis pelo comportamento pedófilo. Sua resposta foi chocante: “em grande parte sim”. Curiosamente, ao abordar a questão da homossexualidade, a classificou como doença. E asseverou: “Isso não surpreende, pois, a igreja é uma comunidade de pecadores”. Sem citar nomes, declarou ainda que está acostumado a lidar com essas situações.
Ao sugerir que as crianças são responsáveis pelas relações de pedofilia, foi contra o que a Igreja Católica diz estar combatendo. Por isso, acabou afastado do cargo por seus superiores.
Segundo o Conselho Europeu, mais de 200 casos de pedofilia foram denunciados na Itália em 2014.
O papa Francisco tem afastado líderes católicos envolvidos em escândalos. Durante sua visita os Estados Unidos, declarou: “Não podemos encobrir atos de padres pedófilos e daqueles que são culpados, incluindo alguns bispos”. Contudo, desde que assumiu o pontificado, não há notícia que nenhum desses homens tenha sido entregue à justiça para responder às acusações.
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