A igreja católica do Paquistão condena as charges de Maomé, dizendo que elas são uma "provocação", mas ao mesmo tempo critica as leis discriminatórias e a intolerância que vêm dos políticos, da mídia e dos livros didáticos. Nesse meio tempo, os protestos contra as charges de Maomé continuam, com 50 mil pessoas tomando as ruas de Karachi em 16 de fevereiro.
Confrontos violentos deixaram até agora cinco pessoas mortas e causaram um grande prejuízo em prédios públicos e privados, incluindo alguns pertencentes a cristãos.
Em um informe, a Comissão Nacional pela Justiça e Paz (NCJP, sigla em inglês) pediu para a "mídia internacional ter mais cuidado com os sentimentos religiosos de diferentes grupos. Cada grupo tem o direito de viver em uma atmosfera que seja livre de preconceito religioso. Isso requer uma certa responsabilidade no exercício da liberdade de expressão".
Ao mesmo tempo em que expressava face-a-face sua solidariedade aos muçulmanos que se sentiram ofendidos, a NCJP também lamentou os últimos protestos violentos, que deixaram propriedades publicas e privadas em ruínas. "Isso é obra de pessoas que nutrem a intolerância com total indiferença e abuso de religião", lia-se na declaração.
Depois de atacar missões diplomáticas, os manifestantes transtornaram cinemas e cadeias de restaurantes, bem como prédios de cristãos. No dia 13 de fevereiro, universitários atacaram a Faculdade Edward, um prédio educacional dirigido por missionários cristãos em Peshawar, estilhaçando suas janelas. Dois dias mais tarde, o convento São Miguel, a escola de meninas Santa Elizabete e o hospital da missão em Peshawar também foram atacados.
A declaração da NCJP, assinada pelo monsenhor Lawrence John Saldanha e Peter Jacob, respectivamente presidente e secretário-geral da NCJP, pede que o governo paquistanês "deixe as pessoas cientes das conseqüências do conceito equivocado de blasfêmia", dizendo que "a linguagem que as autoridades e os funcionários públicos usam constitui um estímulo para o extremismo religioso".
A declaração ainda diz que ninguém pode esperar que as pessoas não pratiquem o que aprenderam. Segundo ela, "a intolerância é encontrada em livros didáticos e nas políticas baseadas em leis discriminatórias" como a lei de blasfêmia. "Devemos confrontar tudo isso para que nossa sociedade desenvolva uma cultura de paz."
Em, um apelo final ao governo, a declaração pede que as autoridades, "especialmente os que ocupam cargos relevantes, se esforcem para erradicar a intolerância religiosa e inculque a harmonia social e o respeito inter-religioso".
Quanto aos partidos islâmicos, eles marcaram um encontro nacional para o dia 3 de março, quando o presidente norte-americano George W. Bush irá a Islamabad.
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