Os cristãos colombianos precisam de nossas orações. Hoje, dia 30 de maio, acontecem as eleições presidenciais no país, e nossos irmãos temem pelo futuro da liberdade religiosa em sua nação, dependendo do candidato eleito.
Ore para que a vontade do Senhor seja feita, e para que tudo caminhe para que haja liberdade para os cristãos do país. Ore também para que haja paz durante o período eleitoral, e os cidadãos não sofram ataques.
Cerca de 30 milhões de eleitores são esperados nas urnas da Colômbia neste domingo para escolher o futuro presidente do país, em um pleito é visto como um dos mais disputados da história recente do país.
Dos nove candidatos que participam da disputa, o governista Juan Manuel Santos, do partido da "U" e Antanas Mockus, candidato do partido Verde, aparecem empatados na preferência dos eleitores - fator que pode levar a decisão a um segundo turno, cenário que não se repete há 12 anos.
Para o cientista político Pedro Medellín, neste domingo está em jogo a mudança do regime político na Colômbia.
"Colômbia tem que escolher se quer manter o regime clientelista, de troca de favores para definição de políticas ou um regime conformado por coalizões baseadas em argumentos", afirmou Medellín à BBC Brasil.
Santos e Mockus prometeram dar continuidade à política de segurança do presidente colombiano Álvaro Uribe, atacar o desemprego de 12%, um dos mais altos da América Latina, reduzir o deficit fiscal de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e promover reformas sociais.
ESCÂNDALOS
O candidato governista representa a continuidade do governo Uribe --que modificou a Constituição para candidatar-se à reeleição imediata, a primeira na história democrática do país-- e conta com o apoio da máquina do Estado.
Santos disse que pretende ser recordado como o presidente "que deu trabalho aos colombianos".
Em meio a escândalos de corrupção e de envolvimento de políticos com paramilitares, Mockus se apresenta como o candidato que governará na legalidade e combaterá a corrupção.
É o preferido dos jovens eleitores jovens e o favorito nos grandes centros urbanos.
"Se trata da decisão de continuar o esquema de Uribe, segurança e mão dura acima de tudo e guerra contra as Farc e aqueles que consideram que a prioridade é resolver temas relacionados à corrupção, desemprego e saúde", afirmou à BBC Brasil o analista político Camilo González, diretor da Fundação Indepaz.
"Há um esgotamento do projeto uribista para uma terça parte da população que é abertamente favorável a outro candidato, e outra terça parte continua leal ao presidente e tende a votar pelo candidato do governo. O percentual restante é que decidirá as eleições", acrescentou.
Uribe entregará a seu sucessor um país mais seguro que há oitos anos, porém com 20 milhões de pobres, em uma população de 44 milhões, com 3,5 milhões de pessoas vítimas de deslocamento forçado em consequência do conflito armado e com uma crise de credibilidade institucional, segundo analistas entrevistados pela BBC Brasil.
SUSPEITAS DE FRAUDE
A suspeita de uma fraude eleitoral existe. Dois dias antes do pleito, o candidato governista Juan Manuel Santos foi visto em um restaurante com o presidente do sindicato da Registradoria colombiana, o equivalente ao Fórum Eleitoral, responsável pela contagem dos votos. O voto na Colômbia é manual.
O encontro provocou reações dos demais candidatos que questionaram a finalidade da reunião. Por meio de assessores, Santos disse ter expressado a necessidade de que trabalhadores da entidade se comprometessem a garantir eleições com "a maior eficiência possível e com absoluta transparência".O diretor do Fórum Eleitoral, Carlos Sanchez, por sua vez, não descartou a possibilidade de fraude na contagem dos votos.
"Por mais esforços (que se faça), não se pode evitar a fraude. É uma conduta humana difícil de controlar", afirmou Sanchez em entrevista à revista Semana.
"O que sim devemos garantir é um sistema que permita descobrir (a fraude) e que não seja consumada", acrescentou.
ALERTA MÁXIMO
Os resultados das eleições serão divulgados a partir das 20h (22h em Brasília).
As Forças Armadas da Colômbia entraram em estado de alerta máximo para garantir a normalidade das eleições presidenciais, em especial, nos seis departamentos (estados) onde as guerrilhas têm mais influência.
No sábado, um atentado a bomba no departamento de Cauca deixou duas crianças mortas e outras quatro pessoas feridas.
Mais de 130 mil homens, entre militares e policiais, devem garantir a segurança do processo eleitoral que será monitorado pela Organização de Estados Americanos (OEA) e por observadores colombianos.
Em um pleito considerado histórico, que determina o fim da era Uribe, espera-se que o índice de abstenção seja inferior à média de 50% registrada nas eleições anteriores.
O voto na Colômbia é facultativo.
Possível segundo turno
Os eleitores colombianos irão às urnas no domingo para escolher o próximo presidente do país, mas pesquisas indicam que deve haver segundo turno no pleito.
O candidato governista, Juan Manuel Santos, e o líder do Partido Verde, Antanas Mockus, lideram a corrida, mas longe dos 50 por cento mais um voto necessários para definir a disputa no primeiro turno. A segunda etapa da eleição está agendada para o dia 20 de junho.
As Forças Armadas do país vizinho permanecem em estado de alerta máximo para garantir a normalidade das eleições e evitar possíveis ataques de guerrilheiros. "Temos a cobertura de 99,9 por cento dos postos de votação. Estamos prontos, tranquilos e preparados. Esperemos que o domingo seja outra festa democrática.. que sejam as eleições presidenciais mais tranquilas em 30 anos", disse o ministro da Defesa, Gabriel Silva.
Autoridades informaram a morte de dois garotos durante um ataque das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) a uma cidade do departamento de Cauca, no sudoeste do país.
Tanto Santos, ex-ministro da Defesa e membro de uma aristocrática família, como Mockus, matemático e filósofo que foi prefeito de Bogotá por duas vezes, prometeram dar continuidade às políticas do atual governo. Os dois afirmaram durante a campanha que manteriam a luta contra a guerrilha e o narcotráfico, atacariam o déficit fiscal e o desemprego e impulsionariam reformar sociais para reduzir as profundas desigualdades do país de mais de 44 milhões de habitantes.
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