Milhões de indianos começam a ir às urnas nesta quinta-feira para escolher 543 novos membros da Lok Sabha, a câmara baixa do Parlamento do país.
No total, cerca de 714 milhões de eleitores devem comparecer aos 828.804 centros de votação espalhados por toda a Índia.
Por motivos logísticos, as eleições serão realizadas em cinco datas: 16 de abril, 23 de abril, 30 de abril, 7 de maio e 13 de maio.
Os resultados devem começar a ser divulgados no dia 16 de maio, e o novo parlamento toma posse no dia 2 de junho.
Nenhuma das duas principais agremiações que disputam as eleições, o Partido do Congresso -que governou a Índia nos últimos cinco anos - e o hinduísta Partido Bharatiya Janata (BJP, na sigla em inglês) - que governou o país entre 1998 e 2004 -, deve conquistar a maioria das cadeiras no parlamento.
Isto deve fazer com que eles busquem apoio de partidos menores para tentar formar o novo governo do país.
Além disso, eles terão que disputar os votos com uma coalizão formada por agremiações de esquerda e partidos regionais que se intitula Terceira Frente, o que deve tornar as eleições ainda mais apertadas.
Mesmo assim, os dois principais partidos já divulgaram os nomes de seus candidatos a primeiro-ministro. O candidato da coalizão liderada pelo Partido do Congresso é o atual premiê indiano, Manmohan Singh. Já o indicado pelo BJP é L. K. Advani.
Disputa
Os eleitores vão julgar nas urnas as políticas da coalizão liderada pelo Partido do Congresso, que governou o país nos últimos cinco anos.
Neste período, a Índia apresentou um rápido crescimento econômico, além de grandes investimentos na área social e em infraestrutura.
Mas a crise econômica abalou estes progressos, com um aumento nos níveis de desemprego e no custo de vida.
O premiê Manmohan Singh tem sido muito criticado pela oposição pela lentidão e pouco sucesso de suas reformas econômicas.
Por outro lado, a coalizão liderada pelo BJP apresenta uma plataforma focada na segurança interna da Índia, que tem preocupado grande parte da população principalmente após os ataques em Mumbai, no último mês de novembro, que deixaram 173 mortos.
O BJP acusa o governo de Singh de não ter agido de modo efetivo para combater militantes extremistas.
Além da ameaça de grupos extremistas islâmicos e hindus, a Índia também convive com a ameaça de grupos de extrema-esquerda de inspiração maoísta, os naxalitas, controlam um "corredor vermelho" que se estende da fronteira da Índia com o Nepal até a região central do país.
Segurança
A segurança também está sendo uma grande preocupação nesta que é a 15ª eleição geral desde a independência do país da Grã-Bretanha.
Mais de 2 milhões de agentes devem ser destacado para fazer segurança durante o pleito. A medida visa coibir militantes maoístas que, nos últimos dias, lançaram ataques que mataram pelo menos 25 pessoas.
Notícias recentes informaram que os cristãos indianos estavam impossibilitados de votar, pois tiveram seus documentos confiscados. Ore para que seja dada uma permissão para os eleitores cristãos, e para que as eleições ocorram de forma justa e sem mais ataques e mortes.
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