Embora o Líbano não faça parte da atual Classificação da Perseguição Religiosa, o país acabou se envolvendo nessa realidade por ter refugiado muitos cristãos sírios (cerca de 1 milhão), que buscaram em solo libanês alguma ajuda. Na fronteira entre Síria e Líbano acontecem grandes confrontos entre o exército libanês e o grupo Frente Al-Nusra (nome árabe que significa “Vitória para a Síria”). Esse grupo é um braço do Al-Qaeda, uma militância islâmica de orientação sunita e jihadista, e atualmente, opera na Síria, onde pretende instituir um Estado Islâmico para combater o governo.

Quando os refugiados chegam ao Líbano, eles normalmente têm o dinheiro para o sustento por um tempo muito limitado. Depois disso, eles precisam da ajuda de outros refugiados que, na maioria das vezes, não possuem mais nada. A pobreza é extrema entre eles e a própria situação econômica do país está cada vez pior. O governo não tem condições de suprir as necessidades de seu próprio povo.

Enquanto isso, a guerra civil na Síria, que dura 5 anos, já deixou mais de 300 mil mortos desde o seu início, em março de 2011, conforme relatórios da OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos). Entre os mortos estão milhares de cristãos. Um líder cristão libanês descreve a situação dos sobreviventes: “Eles vivem em todos os lugares de maneira miserável, em tendas nos campos ou então juntam 3 ou 4 famílias para dividir um pequeno apartamento. É triste ver a situação deles, mas a igreja enxerga isso como uma oportunidade de falar do amor de Jesus e isso tem impactado a vida deles aqui no Líbano”, conclui o líder.