Habitantes de Belém, na Cisjordânia, demonstram opiniões e previsões sobre o grupo islâmico Hamas independentes de suas próprias convicções religiosas.
Na cidade, a mais cosmopolita dos territórios palestinos, há cristãos que votaram no Hamas e muçulmanos praticantes que votaram no Fatah.
Alguns moradores laicos se dizem preocupados com o fortalecimento do fundamentalismo islâmico, mas outros afirmam estar bastante tranqüilos e acham que o governo do Hamas vai respeitar os direitos da minoria cristã e a diversidade cultural da cidade.
O doutor em biologia da Universidade de Belém Abdel Fattah Abu-Srour, um muçulmano praticante, votou no partido governista e laico Fatah.
Nascido no campo de refugiados de Aida, em Belém, ele disse preferir que o Hamas fosse um partido na oposição. Minha motivação foi racional, pois penso que, nas circunstâncias atuais, o Hamas não será capaz de realmente criar uma mudança positiva para nós, palestinos.
Com a vitória do Hamas, creio que, a curto e médio prazos, nossa situação vai piorar. Haverá pressões enormes, principalmente econômicas, por parte de Israel e da comunidade internacional.
Apesar da sua preocupação, o muçulmano Abu-Srour vê um lado positivo na vitória do grupo islâmico. Elegendo o Hamas os palestinos demonstraram que não estão dispostos a continuar se curvando às pressoes de Israel e dos paises ocidentais.
Outro muçulmano praticante, Nazri Obeidallah, que trabalha na Autoridade Palestina e é ligado ao Fatah disse acreditar que o Hamas nao vai durar muito no poder.
Acho que o Hamas vai cair dentro de poucos meses, disse Obeidallah, para quem o a vitória nas eleições colocou o grupo em um beco sem saída.
Se o Hamas mudar e reconhecer Israel, seus líderes serão vistos pela população como mentirosos. E, se não mudar, o grupo não vai resistir às pressões de Israel e da comunidade internacional.
Cristãos
O dono de um supermercado na cidade, o cristão Kattan, disse estar completamente tranqüilo com o Hamas no poder e até mesmo otimista.
Acho que a vitória do Hamas vai trazer uma melhora. De qualquer maneira, nossa situação já está tão ruim que não pode piorar ainda mais, afirmou.
Ele disse nunca ter sofrido nenhum tipo de pressão de militantes islâmicos por vender bebidas alcoólicas em seu supermercado (o que é proibido pela lei islâmica) e que não acredita que isso possa vir a acontecer em Belém.
Mas a capitã da seleção palestina feminina de futebol, a também cristã Honey Thaljieh, teme a imposição de regras de comportamento para as mulheres.
Votei no Fatah e não esperava que o Hamas ganhasse. Se eles me obrigarem a usar o véu, vou me recusar e posso até pensar em imigrar.
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