A polícia secreta iraniana começou a atacar de supresa e prender líderes de um movimento de igrejas domésticas no domingo, 10 de dezembro, chegando sem anunciar nas primeiras horas da manhã para fazer buscas em suas casas em Teerã, Karaj, Rasht e Bandar-i Anzali.
De acordo com uma fonte, os presos enfrentam dez acusações, incluindo atividades evangelísticas e atos contra a segurança nacional do Irã.
Os policiais confiscaram computadores, CDs, fitas cassete, Bíblias e material evangelístico impresso encontrados nas casas em que eles realizaram buscas, segundo relato do website Farsi Christian News.
Nos últimos dias, vários membros de igrejas domésticas foram convocados para um dia ou mais de interrogatórios e depois foram libertados. Entretanto, oito permaneceram presos, incluindo uma mulher.
Os pastores e membros ainda sob custódia foram identificados como Behnam Irani e Peyman Salarvand, de Karaj; Behrouz Sadegh-Khandjani, Shirin Sadegh-Khandjani e Hamid Reza Toluinia, de Teerã; e Yousef Nadarkhani, Parviz Khalaj e Muhammad Reza-Taghizadeh, de Rasht.
Dois dos prisioneiros - Seyed Abdolreza Ali Haghnejad, de Bandar-i Anzali e Bahman Irani, de Karaj - foram libertados.
Membros da comunidade religiosa de 600 membros ou mais foram advertidos pela polícia para que não enviassem notícias das prisões para fora do Irã.
Um movimento local de igrejas domésticas, o grupo se descreve como uma comunidade cristã não denominacional de evangélicos livres, ainda que algumas comunidades evangélicas do Irã questionem algumas das doutrinas não ortodoxas do grupo, que inclui a rejeição à Trindade.
No ano passado, o cruel regime islâmico do Irã visou vários grupos cristãos conhecidos por usar impressos e outros meios para difundir sua fé entre a população de maioria muçulmana xiita.
Em pelo menos oito incidentes ocorridos neste ano, ex-muçulmanos que se converteram ao cristianismo foram presos e mantidos sob custódia por várias semanas antes de serem soltos. Na maioria dos casos eles foram forçados a pagar multas altas e foram avisados de que seus casos permeneciam abertos para um possível processo criminal.
Sob as rígidas leis de apostasia iranianas, qualquer muçulmano que deixa o islã para abraçar outra religião enfrenta a pena de morte.
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