Dar espaço para um candidato político na igreja não é errado, desde que existam parâmetros para este envolvimento, segundo o pastor batista Eli Fernandes, atuante na Academia Paulista Evangélica de Letras (APEL).
“Como eu posso ser luz no mundo se eu impeço o povo de Deus de conhecer os candidatos evangélicos? Se eu não crio um fórum ou um ambiente através do qual o povo conheça os candidatos, vamos continuar votando em pessoas sem critério moral, ético ou representativo”, disse ele em entrevista ao Guiame durante a abertura da 5a edição da FLIC.
Por outro lado, o pastor reforça o limite que deve existir neste envolvimento. “O papel da igreja é orar pelo Estado, jamais pedir. Quando eu voto num candidato evangélico, eu não faço para pedir terreno, material de construção, ônibus ou outras coisas”, ele pontua. “Onde há corrupção, há corruptor. Muitas vezes, o corruptor tem sido o evangélico que vota em alguém para ter algum benefício em troca”.
Fernandes afirma que dar espaço para o candidato pregar, é errado. O pastor também não pode ser politicamente partidário. “Ele deve ser apartidário e suprapartidário, para ele ter condição de chamar o cara do PT, do PSDB, do PMDB, dando a liberdade que a democracia enseja”.
Segundo a visão de Fernandes, a igreja precisa criar fóruns para que o candidato se apresente e exponha sua plataforma. Caso ele seja eleito, o político também deve ter espaço para prestar contas de seu mandato, para que os membros da igreja possam fazer suas avaliações.
“A igreja pode trabalhar em conjunto com o Estado, conquanto essa parceria não crie vínculos político-partidários e a igreja não receba nenhum dinheiro do governo”, explica Fernandes, diferenciando alguns trabalhos específicos como ONGs, associações ou entidades filantrópicas ligadas à igreja – caso a finalidade da verba esteja definida em um estatuto.
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