A pedido da Portas Abertas, jovens cristãos iraquianos comentam sobre a atual situação que vivem no Iraque e, durante um treinamento, eles dão seus testemunhos, contando detalhes sobre como é viver em meio à guerra. Rand, de 22 anos, foi uma das participantes. Atualmente, ela vive em um pequeno apartamento alugado, com seus pais e uma irmã mais velha, depois de ter deixado a vila onde morava. "Nós não somos bem-vindos em nosso próprio país. Não tem sido fácil, mas seguimos em frente. Eu tive tudo para ser uma pessoa triste, já que tive que abandonar minha casa e minha história, mas a tristeza não vai me ajudar em nada. A vida continua. Nós ainda temos muita sorte, vivemos bem, enquanto muitos cristãos vivem em cabanas", disse ela.
"No total, eram 25 jovens participando de um treinamento de defesa que durou quatro dias. Eles se organizaram em círculo e o treinador pediu para que eles se movessem entre as mesas e respondessem aos desafios propostos. Em pequenos grupos, eles precisavam pensar nas perguntas e respondê-las de forma eficaz", explica um dos analistas de perseguição. Ele também conta que a Portas Abertas providenciou consultórios médicos, escolas e igrejas em cabines, de forma que estes cristãos pudessem ter suas necessidades básicas atendidas. Ao ser questionada sobre a possibilidade de os cristãos cooperarem com os muçulmanos que foram vítimas do Estado Islâmico, Rand respondeu, depois de uma pequena pausa: "Este é um assunto delicado, já que fomos traídos pelos nossos próprios vizinhos muçulmanos. Foi uma experiência dolorosa, é uma ferida que precisa ser curada ainda entre os cristãos. Mas eu, particularmente, trabalharia em conjunto com eles, procurando ver o lado bom de cada um", disse.
A maior parte da família da jovem emigrou devido à crise, mas ela não pensa em deixar o país. "Às vezes, as pessoas me perguntam: 'por que você não vai embora? Mas a resposta é simples ‘o Iraque é meu lar e eu não vou abandoná-lo’. As pessoas precisam saber que nós não somos visitantes aqui, essa é a nossa terra, nossos antepassados construíram esse país, então que eles nos tratem com mais respeito", desabafa a cristã. Jovens como Rand, com ousadia e coragem para lutar, ilustram muito bem o caráter de um verdadeiro cristão. Esses jovens têm demonstrado que os cristãos perseguidos são capazes de honrar o nome de Cristo com suas decisões e sua capacidade de enfrentamento. Tanto no Iraque quanto na Síria há muitos exemplos disso. Ambos estão entre os primeiros colocados na Classificação da Perseguição Religiosa atual, em 2º e 5º lugar, respectivamente. Não há limites para o cenário de violência contra os cristãos nesses dois países, mas eles resistem e perseveram através do Espírito Santo que vive neles. Interceda por esses cristãos.
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