No país que ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, o cristianismo é considerado uma influência ocidental condenável e uma constante ameaça à identidade islâmica da República.
Isso acontece, principalmente, porque o número de cristãos está crescendo e até mesmo filhos de líderes políticos e espirituais estão se convertendo do islã ao cristianismo.
O número de cristãos ex-muçulmanos também continua crescendo. Como cultos na língua local são proibidos, a maioria dos cristãos ex-muçulmanos se reúnem em igrejas domésticas informais ou recebem informações sobre a fé cristã via mídia, como TV via satélite e sites cristãos.
Em um esforço para impedir a influência ocidental, o governo limitou a velocidade da internet e proibiu a posse de antenas parabólicas. Eles dificultam o acesso a canais via satélite e sites que desaprovam, inclusive a mídia cristã.
Parte de seu alvo é desacelerar o crescimento da igreja e, principalmente, sites cristãos com foco em evangelismo são bloqueados. Pessoas ativas no ministério com muçulmanos e muçulmanos interessados no cristianismo correm o risco de serem questionados e/ou presos.
Uma república islâmica xiita
O islamismo xiita é a religião oficial do Estado e as leis devem ser consistentes com a interpretação oficial da sharia (conjunto de leis islâmicas). Isso faz com que a opressão islâmica seja o principal tipo de perseguição no Irã.
O zelo por manter o poder também tem como objetivo proteger os valores da Revolução Islâmica de 1979. Isso caracteriza a paranoia ditatorial, outro tipo de perseguição presente no país. Como o regime iraniano tenta expandir a influência do islamismo xiita, ele é a principal fonte de perseguição no país, pois vê os cristãos como uma séria ameaça.
Embora haja relatos de pressão da família e da comunidade sobre os convertidos, a sociedade é muito menos fanática que a liderança do país em si.
Os cristãos ex-muçulmanos são o maior grupo de cristãos no país, e há ainda muitos iranianos que se convertem no exterior. O segundo maior grupo são os cristãos étnicos ou históricos, que vêm de gerações: os armênios e assírios.
Eles são os únicos cristãos que são reconhecidos pelo governo e protegidos por lei, mas são tratados como cidadãos de segunda classe. Eles também são proibidos de ter contato com cristãos ex-muçulmanos ou de permitir que eles participem de seus cultos.
Os cristãos ex-muçulmanos suportam o peso da perseguição no Irã. Líderes dos seus grupos são presos, acusados e recebem penas de vários anos de prisão por “crimes contra a segurança nacional”. Por isso, eles pedem oração constante pela Igreja Perseguida do Irã.
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