Esta foi a primeira eleição a ser realizada sob a nova Constituição do país, aprovada em 2010. Uhuru foi vencedor por cumprir a lei que exige 50% + 1 de todos os votos no processo. A exigência de uma diferença tão pontual entre os votos computados foi estipulada visando garantir que o Quênia não chegue ao ponto de uma situação como a das últimas eleições, em 2007, em que os resultados eleitorais foram seguidos por atos brutais de violência. Mais de mil pessoas foram mortas e 660 mil deslocadas de suas casas.
Eleito, Uhuru Kenyatta (filho de Jomo Kenyatta, o primeiro presidente do Quênia pós-independência) foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional, acusado de ser um dos organizadores do massacre pós-eleitoral ocorrido em 2007.
Durante o encontro com líderes religiosos, realizado no Centro Internacional de Conferências Kenyatta, o presidente eleito exortou os políticos e todos os cidadãos a irem além do partidarismo do último período de campanha e darem as mãos para construir o país juntos.
Kenyatta disse que os líderes religiosos são os guardiões da consciência e os elogiou por realizarem o que ele classificou como o "nobre" papel de agregar à liderança política os altos padrões de honestidade e integridade que mantêm o governo em uma linha reta e estreita, sem margem para equívocos graves e injustiças baratas.
"Felicito a liderança religiosa do Quênia pela maneira com a qual ela continua mobilizando as autoridades políticas em todos os assuntos de interesse nacional. Meu governo vai nutrir essa tradição", afirmou Kenyatta.
O Quênia ocupa a 40ª posição na Classificação de países por perseguição (WWL) 2013. Cerca de 11% da população de 43 milhões do país é muçulmana, 45% são protestantes, 33% são católicos romanos e 12% aderem a credos indígenas e outros.
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