Os responsáveis pela criação dos “muros da infâmia”, em Bogotá, com fotografias de condenados por abuso sexual, anunciaram nesta sexta-feira que promoverão versões especiais para membros de igrejas que sejam condenados pelo mesmo delito.
A vereadora Gilma Jiménez, que liderou na Câmara de Bogotá o projeto original, disse que vai propor murais exclusivos “para mostrar os religiosos envolvidos em delitos sexuais”.
“Os primeiros que devem ser mostrados nos muros da infâmia são os que utilizam sua condição de poder para se aproveitarem das crianças”, disse a política, em declarações à imprensa colombiana.
Essa é a condição dos sacerdotes católicos, dos pastores evangélicos e dos líderes de outras religiões que pratiquem abusos sexuais, sugeriu a vereadora. Ela informou a sua intenção após o escândalo aberto por recentes denúncias de um padre em Cali.
Há três dias, o sacerdote Germán Robledo Ángel acusou colegas seus de atos homossexuais e violação do celibato, em alguns casos pagos com dinheiro das doações dos fiéis.
Jiménez lembrou ao cardeal primaz da Colômbia e arcebispo de Bogotá, Pedro Rubiano, que a Igreja Católica deve dar exemplo da verdade, justiça e reparação aos menores vítimas de delitos sexuais.
Ela destacou que no ano passado na Colômbia houve “mais de 20 mil casos de violência sexual, 17 mil em menores de idade, incluindo 15 mil em meninos e meninas de menos de 10 anos”.
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