Quando Halima Bubkier da cidade de Sinar se converteu do islamismo para o cristianismo no ano passado, seu marido aceitou sem nenhum problema.
“Depois de assistir o filme ‘Jesus’, senti que precisava de uma mudança em minha vida sem esperança e sem sentido”, disse a mãe de 35 anos. “Eu vivi uma vida de alcoolismo e falta de controle, então, tentei o cristianismo e ele funcionou para mim. Eu compartilhei essa visão com meu marido, e ele me apoiou e permitiu que frequentasse os cultos.”
As notícias de sua conversão se espalharam rapidamente, e no dia 14 de setembro ela ficou frente a frente com extremistas que sentiram que sua conversão era um ato de traição. Algumas semanas depois, durante os banquetes do Ramadã, os islamistas proibiram que seu marido participasse das refeições por causa da fé dela.
“Meu marido foi totalmente rejeitado pelos colegas. Eles se recusaram a comer a comida que eu havia feito para ele, dizendo que muçulmanos não podem comer alimentos feitos por infieis”, disse ela.
Bubkier disse que nunca imaginava que sua mudança de fé iria provocar essa prova.
“Ele estava tão bravo que jogou uma cadeira em mim, e feriu minhas costas. Como se isso não fosse o suficiente, ele retirou todos os pertences dele de dentro da casa e a incendiou. Depois de perder tudo o que eu tinha, ele me expulsou”, conta.
Ela decidiu se refugiar com seu irmão mais velho, Nur Bubkier, que, quando soube da conversão de Halima a agrediu e tentou esfaqueá-la.
Maria Mohamud e um diácono da Igreja de Cristo no Sudão conseguiram resgatá-la, mas Halima Bubkier ficou presa na delegacia por três dias, sob as acusações de “desrespeito ao islã”. Durante esse período, Mohamud cuidou de seu filho de 2 anos.
Depois dos três dias, ela esperava ser julgada.
“Antes de minha audiência, um pastor copta , soube do meu caso e conversou com um policial, afirmando que, de acordo com a lei, ninguém deve ser preso por causa da religião. Então, fui solta.”
Bubkier deixou seus filhos de 6 e 8 anos com seu marido, que parece ter casado com outra mulher. Ela disse que apesar de estar muito preocupada com a segurança de seus filhos, ao menos está escondida e seu marido não sabe onde ela está.
“Esperava que meu marido apreciasse minha mudança positiva, mas ao invés disso, ele respondeu negativamente. De fato há algo errado com o islã, em que o bem é recompensado com o mal”, diz Halima. “Mas eu me sinto normal. Agora eu tenho uma vida melhor para viver. Estava perdida na escuridão. Deixe que Deus perdoe todos aqueles que me prejudicaram. Eu sei que não posso voltar atrás.”
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