Os muçulmanos se sentem hoje no Reino Unido como os novos "judeus da Europa", afirmou na sexta-feira Shahid Malik, deputado da Câmara dos Comuns e primeiro membro muçulmano do Gabinete do primeiro-ministro, Gordon Brown.
Em declarações à emissora de TV "Channel 4", Malik, secretário de Estado do Ministério de Desenvolvimento Internacional, critica que se considere legítimo atacar os muçulmanos na imprensa e no conjunto da sociedade.
"Acho que todo o mundo coincidirá em que se perguntarmos hoje em dia aos muçulmanos como se sentem, responderão que como os judeus da Europa", disse Malik em um programa que será transmitido hoje por ocasião do 3º aniversário dos atentados terroristas de 7 de julho, em Londres.
"Parece circular por aí a mensagem de que é aceitável atacar as pessoas sempre e quando se tratar de muçulmanos. E não se deve se preocupar com que seja ou não certo, pois sempre farão vista grossa", acrescenta.
Islamofobia
Uma pesquisa que acompanhará o programa de TV e que foi antecipada pelo jornal "The Independent" indica que 51% dos britânicos culpam de uma forma ou outra o Islã pelos atentados de 2005, enquanto um em cada quatro muçulmanos considera que os valores islâmicos não são compatíveis com os britânicos.
Enquanto 90% dos muçulmanos dizem se sentir ligados ao país, oito em cada dez afirmam que, desde os atentados, cresceram os preconceitos contra o Islã.
O secretário de Estado, que foi atacado pelo ocupante de um carro quando estava em um posto de gasolina da cidade à qual representa no Parlamento, diz receber com regularidade cartas que destilam ódio.
Em sua circunscrição, em Dewsbury, West Yorkshire, viveu Mohammad Sidique Khan, líder dos terroristas suicidas que mataram 52 pessoas em Londres, e atualmente a localidade tem o maior percentual de eleitores do ultradireitista Partido Nacional Britânico.
Os comentários de Malik são confirmados por Simon Wooley, membro do grupo de trabalho do Governo sobre igualdade racial, que denuncia "a gritante islamofobia cotidiana neste país, cujo resultado é que a comunidade muçulmana sente cada vez mais que não pertence à sociedade britânica".
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