As manifestações populares fomentadas pela Primavera Árabe (protestos no mundo árabe iniciados a partir de 2010 a fim de chamar a atenção da comunidade internacional contra a repressão e censura na Internet por parte dos governantes) produziram resultados desastrosos nesses países. No Egito, por exemplo, a subida ao poder da Irmandade Muçulmana tem gerado muita apreensão na comunidade cristã do país, principalmente depois da inesperada notícia de que os radicais crucificaram cristãos em frente ao palácio presidencial, conforme estipulado no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

Apesar de o novo governante, Mohammed Morsi ter garantido tratamento igualitário aos integrantes de todas as religiões, os veículos de informação do Oriente Médio afirmam que durante os ataques promovidos por membros da Irmandade Muçulmana, aconteceu o que ninguém poderia prever em pleno século 21: os militantes “crucificaram os opositores do presidente Morsi em árvores em frente ao palácio presidencial, enquanto outros foram espancados”.

“As crucificações são executadas pelo que a mídia árabe chama de ‘partidários’, ‘apoiadores’ e ‘seguidores’ da Irmandade Muçulmana, mas não necessariamente do governo atual. As vítimas são todas as pessoas que, de alguma forma, contraria o novo governo, isso inclui muitos cristãos egípcios”, disse Raymond Ibrahim, do Projeto de Investigação sobre o Terrorismo.

O especialista garante que a insólita brutalidade é destinada aos cristãos, mas as crucificações remontam a doutrina islâmica e encontram-se no Alcorão. Não foram divulgados os detalhes sobre como aconteceram as execuções desses mártires, nem o número total de pessoas envolvidas, embora sejam estimadas dezenas de vítimas.