Ronald Lathanliana, um cristão perseguido, cujos colegas dizem ter se tornado "um dos missionários nativos mais efetivos" para trabalhar em Burma, morreu aos 89 anos, segundo informações obtidas em 16 de setembro.

Ele morreu em julho, de acordo com as informações, mas as notícias de sua morte aparentemente levaram tempo para alcançar o mundo fora da isolada Burma, também conhecida como Mianmar, que tem sido dirigida por um governo militar sem constituição nem legislação desde 1988.

Apesar da perseguição sob diferentes ditaduras, incluindo os anos na prisão, "Ronald era uma figura-chave no reavivamento espiritual em Burma", informou a Christian Aid Mission (CAM - Missão Ajuda Cristã) que sustenta missionários nativos na região.

Nascido como o filho do primeiro missionário nativo em Manipur, um estado indiano próximo, ele viajou para Burma em 1955 e começou uma pequena comunidade em Burma Superior com 10 pessoas, a qual finalmente cresceu para uma operação massiva, relatou a CAM. "Hoje, depois de 50 anos de ministério, as igrejas plantadas pela missão de Ronald englobam mais de 18 mil fiéis", informou a organização.

Em geral foi difícil trabalhar sob diferentes ditaduras. "Por muitos anos, ele foi um dos poucos homens no país budista a permanecer no verdadeiro Evangelho. Como resultado de sua fé inabalável, Ronald foi perseguido tanto pela religião como pelos oficiais do governo", relatou a agência missionária.

 "Em certa ocasião, ele foi preso por quatro anos sem nenhum julgamento, sob falsas acusações. Ainda na prisão, Ronald foi uma testemunha consistente de Cristo, levando 40 presidiários e quatro policiais ao Senhor", informou a CAM.

Ela acentuou que sua determinação destemida" de levar o verdadeiro Evangelho ao povo de Burma é o legado que Ronald deixa hoje.