Um tribunal queniano acusou quatro missionários cristãos, incluindo dois oriundos dos Estados Unidos, de estimular a distribuição de panfletos anti-muçulmanos fora da capital, informaram oficiais.
Os norte-americanos Andrew Saucier e Paul Garcia e os quenianos Michael Mullei e Patrick Mutinda alegaram ser inocentes das acusações diante do tribunal em Nairobi.
A juíza Hellen Wasilwa libertou-os sob fiança no valor de 200 dólares cada e marcou o julgamento para o final de outubro.
Se condenados, os missionários poderão enfrentar três anos de prisão e multas.
Os quatro foram presos em Ngong, ao sul da capital, onde estavam supostamente distribuindo panfletos em que se liam "O profeta Maomé não é um profeta verdadeira" e "Alá não tem filho", de acordo com os documentos da corte.
Os folhetos levaram dezenas de muçulmanos furiosos a protestarem em frente à Igreja Batista do Calvário, onde os quatro pastores trabalhavam, em Ngong, distante 32 quilômetros de Nairobi.
Em fevereiro, milhares de muçulmanos protestaram em Nairobi contra a publicação na mídia ocidental das charges do profeta Maomé e, mais recentemente, a comunidade islâmica do Quênia tem alegado sofrer importunação e discriminação por parte da polícia.
Entre 10 e 30 por centro da população queniana, que é de 32 milhões de habitantes, se identificam como muçulmanos, segundo pesquisas e estatísticas oficiais. A maioria dos quenianos se diz cristã.
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