Pelo terceiro ano consecutivo um projeto de lei em favor da Igreja Presbiteriana Briarwood, no Alabama, EUA, foi apresentado aos legisladores do Senado estadual. Desta vez foi aprovado, apesar de muitas queixas de setores da sociedade.
Após vários atentados a igrejas americanas, a liderança da Briarwood, uma megaigreja com mais de 4 mil membros, decidiu criar seu próprio departamento de polícia. Ele ficará responsável por oferecer segurança aos frequentadores dos cultos, bem como da escola que pertence a igreja.
É a primeira vez que o estado permitiu uma entidade não-escolar ter seus próprios policias, que carregam armas e possuem autorização para realizar prisões. Um dos motivos alegados seria o medo de ataques terroristas.
“Depois do tiroteio de Sandy Hook e ataques semelhantes a igrejas e escolas, a Briarwood reconheceu a necessidade de oferecer segurança qualificada que trabalhe em coordenação com a lei local”, explicou o administrador da igreja, Matt Moore em um comunicado.
Ele fez referência aos seis professores e 20 alunos que foram baleados dentro da escola de ensino primário Sandy Hook em Connecticut, em dezembro de 2012 e aos 9 mortos na Igreja Metodista Emanuel, na Carolina do Norte dois anos atrás.
Eric Johnston, o advogado que elaborou o projeto de lei para a igreja, disse que a legislação proposta está recebendo apoio. Foram 24 votos a favor e apenas 4 contrários dos parlamentares.
O senador Jabo Wagoner, um dos principais defensores do projeto, diz que a permissão ajudará a igreja a lidar com questões de segurança que não estão seriam atendidas pela segurança privada. “Foi a decisão deles [da igreja]”, disse Wagoner durante entrevista. “Se eles queriam ter sua própria força policial não vejo nenhuma razão por que impedi-los.”
No entanto, alguns opositores da proposta acreditam que isso abre um precedente perigoso, que poderá ser imitado por outras igrejas em todo o país. “É nossa opinião que isso é claramente inconstitucional”, disse Randall Marshall, diretor executivo da ACLU, grupo que luta pelos direitos civis.
“Esse tipo de programa abre espaço para uma ligação estreita entre organizações religiosas e o poder do Estado”, afirmou em nota.
A decisão deu força a outro projeto de lei que tramita no Alabama, o chamado Church Protection Act, que autorizaria todas as igrejas a terem segurança armada dentro dos templos, oferecendo-lhes imunidade legal. Com informações Christian Post
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