Um médico que se recusou a realizar um aborto conseguiu salvar a mãe e o bebê. Mas depois disso foi processado. A denúncia contra o médico foi feita por uma deputada argentina pró-aborto. Ela o acusou de “violência obstétrica” e “descumprimento de deveres de funcionário público”.
Leandro Rodríguez Lastra é ginecologista e chefe do setor de Ginecologia do Hospital Pedro Moguillansky, em Río Negro, na Argentina. Em maio de 2017, ele atendeu uma jovem de 19 anos, grávida de cinco meses, com fortes dores, causadas por ingerir um medicamento abortivo.
Com quase 23 semanas, o bebê pesava mais de 500 gramas. O risco de morte era alto para mãe e filho. Leandro conseguiu estabilizar o quadro clínico e quando o bebê completou 35 semanas de gestação, os médicos realizaram um parto induzido. O bebê prematuro foi adotado pouco tempo depois.
Médicos pró-vida
Além do doutor Leandro, outra médica também se negou a fazer o aborto. A doutora Yamila Custillo também ajudou a salvar a vida da mãe e do bebê. No entanto, ambos foram denunciados judicialmente por Marta Milesi, deputada de Río Negro.
Yamila foi excluída da denúncia em maio de 2018, mas Leandro continuou sofrendo o processo sob as acusações citadas. Segundo a denúncia, o erro deles foi ter impedido um aborto que já estava em andamento. Os demais ginecologistas e obstetras do hospital se manifestaram contra o aborto e a favor do direito médico de se recusar a realizá-lo.
A Associação Médicos pela Vida, que está apoiando publicamente o doutor Leandro, emitiu uma nota de apoio ao médico, dizendo que ele “agiu de forma idônea e corretíssima”.
A nota também dizia: “Convocamos todas as organizações pró-vida do país a exigirem a revogação do protocolo, chamado erroneamente de ‘Interrupção Legal da Gravidez’, para continuar protegendo as vidas de todos os argentinos”.
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