Em um caso em que há até ameaças de morte feitas por muçulmanos, o melhor médico legista do Egito derrubou a avaliação do médico da corte de que o cristão copta Shafik Saleh Shafik havia acorrentado e agredido Magda Refaat Gayed antes que ela fugisse do abrigo para meninas.
O Dr. Ayman Soda, depôs no dia 20 de setembro, afirmando que a maneira que Magda disse ter sido amarrada com cordas e correntes a teria impedido de ter quaisquer movimentos, tornando assim impossível que ela subisse na janela do seu quarto no segundo andar e pulasse de uma altura de quase 3,5m como declarou.
A família Gayed havia solicitado que a sua filha copta cristã, na época com 16 anos de idade, fosse acolhida no abrigo de Shafik após ter fugido de casa com um homem muçulmano. Duas semanas após ter desaparecido de casa, ela foi descoberta morando com um grupo muçulmano que tinha prometido que ela se casaria assim que se convertesse ao islamismo.
Nas audiências anteriores, tanto o médico da corte, o qual examinou Magda após sua fuga em 6 de setembro de 2004, quanto o supervisor dele, haviam declarado que a versão de Magda tinha credibilidade.
Alguns esperavam ver a última audiência no dia 21, porém os três juízes da Corte Criminal Abbassiya de Cairo adiaram o veredicto para 17 de outubro.
"Isso é uma verdadeira reviravolta", declarou Shafik a Compass após deixar o tribunal. "Nós provamos hoje que a coisa inteira é montada, mas, com exceção do Dr. Ayman Soda, todos no caso estavam completamente contra mim. Eu esperava sete anos de prisão."
O advogado disse estar confiante de que os três juízes, que previamente haviam insinuado na corte que ele seria considerado culpado, estavam convencidos de sua inocência. Em resposta à avaliação do Dr. Ayman, um juiz declarou: "Isso pode significar que tudo é uma mentira."
"Eu tenho absoluta certeza, Deus permita, que o juiz principal está convencido do nosso caso", disse a Compass um dos advogados de Shafik, Naguib Gabriel. "Havia muitas contradições na versão contada por Magda. Ela declarou que outra garota do abrigo estava acorrentada como ela, mas no mês passado a garota testemunhou na corte que nunca tinha sido acorrentada."
Magda também acusou Shafik de tê-la estuprado, mas testes iniciais haviam mostrado que a jovem garota não tinha sido abusada sexualmente.
Shafik, temendo que os juízes possam ser pressionados a ir contra ele por ser cristão, acrescentou: "Minha preocupação é que eles não deram uma resposta final hoje".
Ameaças de morte
Com o caso chamando a atenção dos extremistas muçulmanos, Shafik disse que um dos advogados de defesa considerou que o juiz principal precisava de tempo para preparar uma explicação completa para libertar Shafik. Várias testemunhas de acusação haviam dito à família de Magda que, se Shafik fosse declarado inocente, eles fariam justiça com as próprias mãos e o matariam.
Gabriel, o advogado, admitiu ter ficado com "medo" do grupo de militantes forçarem o juiz para julgar Shafik culpado, mas que agora não tinha mais nenhum receio sobre isso. "Hoje o juiz está muito ocupado," ele explicou. "Havia 18 casos diante dele, incluindo um importante caso envolvendo heroína".
Membros da família Gayed, que não têm visto sua filha desde que ela fugiu do abrigo de Shafik há um ano, recentemente foram informados que Magda está morando num orfanato em Giza, nos arredores de Cairo.
Aparentemente, a polícia está cooperando com o grupo muçulmano em frustrar as tentativas da família de resgatar sua filha de 17 anos de idade que, de acordo com a Lei Egípcia, ainda é menor de idade. Em três ocasiões distintas, a polícia falhou em obedecer à ordem do juiz de que Magda deveria estar presente nas audiências. Em 9 de setembro de 2004, a polícia obrigou o pai e o irmão de Magda a assinarem uma declaração dizendo que eles haviam a recebido de volta sob a sua custódia.
Além das acusações de estupro e abuso, Shafik também é acusado de manter Magda em seu abrigo contra a vontade dela e de seus pais.
Semelhante ao caso de Magda, muitas das 13 jovens do abrigo de Shafik foram convencidas por jovens muçulmanos a deixar suas famílias coptas cristãs pobres e a se converter ao islamismo. Ocorrências como estas são comuns entre egípcios coptas cristãos, que formam aproximadamente 10% da população do país.
Shafik, um cidadão de dupla cidadania (egípcio-americano), disse que pretende escrever um pequeno livro sobre suas experiências no abrigo, que ele fundou há quatro anos e meio, assim que seu processo termine.
"Todos os dias vejo milagres no meu caso", disse Shafik. Mas ele admite que enfrenta dificuldades em seu trabalho e que o livro é para todos que estão pensando em iniciar o mesmo tipo de ministério. "Eu quero ter certeza que outras pessoas saibam o que irão encontrar."
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