A ex-senadora Marina Silva (Rede) comentou suas preferências políticas e as acusações que essas posições geram contra ela no meio evangélico.
Terceira colocada nas eleições presidenciais de 2014, com pouco mais de 22 milhões de votos, Marina explicou que está atenta às possibilidades de que políticos tornem a legenda que ela ajudou a fundar numa espécie de Partido dos Trabalhadores.
“Tem muita gente querendo colocar cavalo de troia na Rede, mas fizemos o diálogo com muitos deputados e entraram no partido pessoas com identidade programática”, disse.
Em entrevista à Agência Estado, Marina disse que não irá repetir o erro cometido quando era filiada ao PT, quando, por 30 anos, pregou uma sacralização do partido, hoje conhecido como o mais corrupto da história republicana brasileira: “Diz-se que os sábios aprendem com os erros dos outros e que são estúpidos os que não aprendem nem com os próprios erros. Se não fui sábia, não quero ser estúpida”, ponderou. Para ela, “a Rede é uma tentativa de contribuição [com a democracia brasileira]”.
Sobre o debate gerado em torno de sua figura, evangélica, e ainda assim, defensora de direitos e liberdades civis para os homossexuais, Marina disse que tem suas convicções religiosas a respeito do assunto, mas que isso não a limita no reconhecimento da igualdade dos seres humanos.
“O direito à diversidade é cada um fazer o que lhes é mais conveniente para suas vidas. Esse debate é muitas vezes tratado de forma desonesta. Tenho 16 anos como senadora, qual projeto de lei meu você encontra que tenha qualquer sombra de variação em relação aos direitos LGBT?”, questionou.
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