O deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC/SP) quer disputar uma vaga ao Senado em 2018, afirma a Folha de São Paulo. Uma das vantagens que ele teria, segundo o jornal, é que seus dois principais concorrentes –Marta Suplicy (PMDB) e o chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) – foram citados nas delações da empreiteira Odebrecht.
Contudo, essa não é o aspecto principal que fortalece sua eventual candidatura. Analisando as redes sociais como indicador de popularidade, Feliciano mostra que está muito à frente de qualquer outro candidato ao cargo no Estado de São Paulo.
Um levantamento recente do jornal Gazeta do Povo coloca Feliciano entre os principais “influenciadores políticos” do país.
Num ranking entre os dez políticos de expressão nacional que conseguem ter o maior engajamento em ferramentas como Facebook e Twitter, fica em terceiro lugar, perdendo apenas para Jair Bolsonaro (PSC/RJ) e João Doria (PSDB/SP), ambos possíveis candidatos a presidente no ano que vem.
O pastor tem mais influência, por exemplo, que os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (ambos do PT), respectivamente em 6º e 14º lugares.
Se as redes sociais são um bom termômetro para ver quem está influenciando o debate político no Brasil, ele claramente sai na frente, com seus 4.029.822 de seguidores somente no Facebook, sendo o maior entre os políticos paulistas. Também chega muito perto de Aécio Neves, que 4.378.724 é o senador mais popular na mídia social.
Pedro Burgos, que ajudou a criar o ranking, da Gazeta do Povo, explica que esse tipo de análise revela quem tem uma base “disposta a defender um candidato”, o que pode influenciar a votação.
“Esse monitoramento das redes sociais seria uma forma de entender parte da influência de atores políticos e as tendências que podem aparecer a partir da interação entre eles e usuários dessas redes”, explica a Gazeta.
O professor da PUCPR e especialista em opinião pública, Marcos José Zablonsky, ressalta que o Facebook ainda não é capaz de ditar quem pode ou não vencer, mas se torna uma plataforma muito eficaz de exposição. “Quem tem engajamento sai na frente, não há dúvidas disso”, destaca.
Nem mesmo as polêmicas e acusações infundadas envolvendo os nomes dos políticos são ruins, de certa maneira. Zablonsky lembra que a campanha do atual presidente Donald Trump se beneficiou disso nos Estados Unidos. Quando mais a mídia tentava apontar seus defeitos, mais ele crescia no número de apoiadores nas redes, que conseguiam ver o jogo midiático.
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