Em viagem a Boston para tratar de assuntos da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) falou sobre sua intenção de se candidatar à presidência da República.
Feliciano afirmou que, mesmo pregando contra a política em seu início de ministério, tornou-se o parlamentar evangélico mais votado no país, e sua atuação no Congresso atraiu os holofotes da mídia: “Me tornei o político mais famoso do Brasil”, disse Feliciano.
“Estou muito fortalecido. Despertei a igreja toda para a política. Provei que é possível ser pastor e continuar cheio do Espírito Santo, que é possível ser um homem público que pratica sua fé e saber transitar entre os lugares. Isso despertou a nação”, disse o pastor da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento.
Na entrevista, o pastor se dirigia aos brasileiros que vivem nos Estados Unidos, e falou sobre o embate com os ativistas gays, e o que classificou como “desonestidade intelectual” em torno do projeto de lei apelidado de “cura gay”. Feliciano explicou que a militância homossexual tenta calar as vozes contrárias à homossexualidade, e que para evitar que a democracia se torne anarquia, é preciso que alguém se levante no Brasil.
“Fui o primeiro a se levantar no Parlamento, e olha o que aconteceu comigo. Eu quase morri. Fui citar um versículo da Bíblia no Genesis e me chamaram de racista. Fui citar a carta de Paulo aos Romanos, me chamaram de homofóbico […] Eu não sei onde o mundo vai parar. Todo governo de esquerda é perigoso… O socialismo caminha entre o céu e o inferno, porque se por um lado dá às pessoas o direito à igualdade, o direito a justiça, por outro lado leva à anarquia, em que você não tem mais limite”, disse Marco Feliciano.
Sobre um presidente evangélico no Brasil, o entrevistador Washington Silva reproduziu uma fala de Marco Feliciano sobre seu sonho de ver um presidente saudar o povo com a “Paz do Senhor Jesus”, e questionou o pastor se esse dia estaria próximo. “Eu me emociono, porque eu lancei essa frase com o pensamento de ver o país mudar. Eu comecei a acompanhar a política tarde demais, e eu vi como faz a diferença um homem de Deus. Eu não quero colocar um religioso, pra ser um religioso político, mas um homem justo. A justiça não é só um homem ser honesto, mas ter princípios […] Eu sonho sim, em ver isso acontecer. Não sei se hoje, ou amanhã. Nós já tivemos na última eleição uma candidata evangélica, que foi a Marina. Embora eu tenha divergências com ela em questões ideológicas, não vejo ela como uma pura evangélica, alguém que defenda de fato seus princípios, mas já começou a aparecer […] Se algum partido me desse a legenda, eu entraria nesse barco, porque eu acredito que é possível. Eu creio”.
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