Como acontece todos os anos, a Marcha para Jesus de São Paulo reuniu milhares de fiéis. O evento é conhecido como a maior manifestação pública de evangélicos do país.
O tema da Marcha 2015 foi “Exaltando o Cristo Rei”. A organização fala em mais de um milhão de pessoas, enquanto a Polícia Militar calcula 340 mil. O evento contou com a participação de diversas autoridades eclesiásticas, bem como a apresentação de vários cantores e grupos musicais em cima de 10 trios elétricos. Marcaram presença Aline Barros, Ana Paula Valadão, Renascer Praise, Ao Cubo, Banda DOPA, Thalles Roberto, Marcelo Aguiar, Pregador Luo e Bruna Karla.
A marcha começou perto das 10h30 e terminou às 22h. Desde o início da manhã, os trens do Metrô ficaram completamente lotados de fiéis.
O bispo Geraldo Tenuta Filho, um dos organizadores do evento, comemorou: “Nós contamos com o apoio de várias igrejas, da confederação das igrejas evangélicas apostólicas do Brasil… é certo de que temos católicos participando da Marcha.”
Já o apóstolo Estevam Hernandes, fundador da Igreja Renascer, comemorou esse como o maior evento do tipo no Brasil. “Essas imagens vão correr 170 países. Eles não vão conhecer o Brasil como o país da prostituição, da miséria e da corrupção. Nem um Brasil de senhores e
senhoras, mas o país de um senhor só”, afirmou de cima de um dos trios. Hiperbólico, ainda bradou: “O Brasil é o maior país evangélico da Terra”
À imprensa, Hernandes falou sobre o inevitável tom político que a Marcha adquiriu nos últimos anos. Explicou que a Bíblia ensina o cristão a “orar para que a nação seja sarada”. “Pregar contra a miséria, contra a prostituição e contra a corrupção está nesse contexto”, acredita.
O senador Magno Malta (PRES) foi mais enfático: “A pauta aqui é contra o aborto, contra as drogas, contra a prostituição e contra a corrupção. O povo foi por muito tempo massa de manobra, mas acordou. O Brasil está em queda livre”.
Na 23ª edição da Marcha ocorreram diferentes momentos para oração, em favor do país. Muitas delas pediam uma intervenção divina sobre a nação.
Quem também pedia intervenção, mas militar era um grupo SOS Forças Armadas, que levou suas faixas e cartazes para a rua e divulgou um vídeo na internet explicando sua participação. Renato Tamaio, líder do grupo, contou que ao menos 5 mil intervencionistas participaram da Marcha. “Fomos convidados pelos organizadores do evento”, resumiu.
Na cobertura da imprensa, chama atenção as colocações da Folha de São Paulo, que interpretou as orações como um pedido de “faxina ética” no país, mas não explicou o que isso implica.
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