Centenas de milhares de pessoas se reuniram no último sábado em Ancara, vindas de toda a Turquia, atendendo a um apelo de uma ONG defensora do laicismo para denunciar as ambições presidenciais presumíveis do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, oriundo do movimento islamita.
Os manifestantes que levavam bandeiras turcas e cartazes com as fotos do fundador da Turquia moderna, Mustafa Kemal Atatürk, se concentraram nas quatro principais artérias da capital, Ancara, ocupando vários quilômetros até a praça de Tandogan.
A partir daí, a multidão seguiu lentamente em direção ao Mausoléu de Atatürk, perto da praça, sob o olhar discreto de 10.000 policiais mobilizados em torno.
A polícia calculou a afluência de mais de 300.000 pessoas.
Os organizadores afirmaram que um milhão de cidadãos de todo o país se somaram à marcha pela República.
À entrada no Mausoléu de Atatürk, que foi o primeiro presidente da Turquia, de 1923 a 1938, a multidão aplaudiu longamente o revezamento da guarda de honra na frente do edifício.
A nação está orgulhosa de vocês - os participantes gritavam para os soldados.
Ao contrário do silêncio respeitoso habitual, os manifestantes gritavam slogans tais como a Turquia é leiga e assim ficará! E ainda: um imã não pode tornar-se presidente.
Participavam Deniz Baykal, líder do principal partido da oposição, o Partido republicano do povo (CHP, centro-esquerda), e Zeki Sezer, do Partido da esquerda democrática (DSP).
Erdogan, que não se pronunciou ainda sobre a eventual candidatura à eleição presidencial, em maio, vem causando polêmica.
A hipótese de sua candidatura provoca um verdadeiro protesto entre os defensores da laicidade turca.
O prazo final para apresentar candidaturas vai até a meia-noite do dia 25 de abril.
Deus nos livre da sharia, a lei islâmica, declarou à AFP a professora aposentada Mehlika Ereceklera, participante da manifestação.
Numerosos defensores da laicidade rejeitam a idéia de que Emine Erdogan, a mulher do primeiro-ministro que se apresenta sempre com o véu, possa tornar-se a primeira-dama do país.
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