Nesta semana, extremistas atacaram três igrejas no Estado de Karnataka, ao sul do país, onde a violência atingiu a níveis mais altos depois do começo das tensões em Orissa.
Duas igrejas foram vandalizadas no domingo, 21 de setembro, na capital do Estado (Bangalore). Outra foi atacada no distrito de Kodagu, a 300 quilômetros de distância.
Em Bangalore, as igrejas afetadas foram a Igreja de São Tiago e a Igreja Santo Nome de Jesus.
A polícia disse que sete pessoas foram detidas; um vigia foi demitido por negligenciar a proteção das igrejas.
Em Kodagu, os membros da Igreja dos Irmãos encontraram pedaços de vidro da fachada da igreja na manhã do domingo. O ato se deu a despeito dos dois vigias que guardavam a igreja.
Na noite de 19 de setembro, a polícia de Karnataka prendeu a autoridade do Bajrang Dal no Estado, Mahendra Kumar. O Bajrang Dal é a ala jovem do partido hindu Bharatiya Janata (BJP).
Mahendra foi acusado de ter ligações com os ataques a diversas igrejas em todo o Estado de Karnataka. Extremistas do Bajrang Dal depredaram inúmeras igrejas e instituições cristãs no começo de setembro.
O ministro-chefe de Karnataka, B.S. Yeddyurappa, assegurou a comunidade cristã de que a segurança sobre igrejas e instituições cristãs havia sido duplicada. Ele também alegou que os ataques fazem parte de uma conspiração para incriminar o BJP.
Na segunda-feira, dia 22, Yeddyurappa disse que a polícia havia prendido três pessoas, inclusive um líder do Partido do Congresso (partido que governa a Índia), todas ligadas a um violento incidente que se deu no distrito de Shimoga.
O ministro havia colocado a culpa dos ataques em um suposto livreto produzido por uma organização cristã. O conteúdo do livreto teria ferido os sentimentos dos hindus.
No entanto, uma equipe de investigação da Comissão Nacional das Minorias acusou o governo do BJP de “estar em comum acordo com os grupos extremistas hindus. Ele falhou em não investigar os ataques contra os cristãos e as igrejas”, relatou o Hindustan Times.
A Comissão irá apresentar esse relatório ao primeiro-ministro, Manmohan Singh.
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