As autoridades egípcias prenderam mais de 150 pessoas por comerem durante o Ramadã.
As prisões se deram em Assuã, no sul do Egito, e na cidade de Hurghada, no Mar Vermelho. De acordo com a rede Al-Arabia, as autoridades estão tomando medidas extremas quanto aos estrangeiros e não muçulmanos que forem encontrados bebendo, comendo ou fumando durante o período de jejum.
Essa é a primeira vez que os oficiais egípcios estão agindo de maneira tão drástica. Essa é outra demonstração do processo de islamização que ocorrerá no futuro. Atualmente, o Egito parece seguir as práticas dos países do Golfo, onde comer, beber ou fumar durante o Ramadã tem como consequência uma sentença de um mês de prisão ou uma multa de US$ 350.
“Isso vai contra os direitos básicos dos cidadãos. Nós, os cristãos, não somos muçulmanos e não cremos no jejum islâmico. Temos nossa religião e nosso próprio jejum. Até para os muçulmanos a decisão de jejuar é uma questão pessoal”, disse Magdhi Kalil, diretor do Fórum de Liberdade do Oriente Médio.
Jonathan Racho, diretor do ICC na África e Oriente Médio, afirma: “Punir não muçulmanos por comer e beber durante o Ramadã é uma vergonha e uma clara violação da liberdade religiosa. Nós condenamos a medida tomada pelo Egito de forçar muçulmanos e não muçulmanos a jejuar durante o Ramadã”.
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