Outro ataque foi feito contra cristãos no Iraque uma semana depois do massacre na Catedral Sírio-Católica de Nossa Senhora da Salvação, em Bagdá. Dois cristãos foram mortos dia 7 de novembro: Louay Daniel Yacoub, 49 anos, estava em frente ao seu apartamento quando estranhos atiraram matando-o. O outro cristão foi morto no mesmo dia, mas sua identidade é desconhecida. O tiroteio foi mencionado pela fonte local da AsiaNews, por questões de segurança em anonimato.
A comunidade muçulmana expressou sua solidariedade e proximidade para com os cristãos sob ataque no Iraque. Em 5 de novembro, durante as orações de sexta-feira, todos as mesquitas em Kirkuk condenaram o “ataque bárbaro” contra a igreja na capital.
O prefeito e o xeique das tribos árabe, curdos e turcomanos, expressaram condolências e solidariedade com o arcebispo caldeu da cidade.
No dia seguinte, os líderes sunitas e xiitas do norte da cidade do Iraque também condenaram fortemente, lado a lado com o arcebispo Louis Sako, a carnificina que matou mais de 50 pessoas em Bagdá em 31 de outubro. Os líderes religiosos muçulmanos têm clamado pela preservação do “mosaico do Iraque” de grupos e religiões étnicas.
O mesmo líder chamou pelos muçulmanos para proteger os cristãos, que são um modelo de lealdade, “e lançou um apelo para todos os iraquianos não sucumbirem ao medo e não deixar seu país”.
Governo iraquiano
A violência no Iraque acelerou com a formação do novo governo iraquiano, adiado por oito meses depois das eleições. De acordo com o porta-voz do governo Ali Al Dabbagh, um acordo executivo de unidade nacional está pendente.
O primeiro ministro xiita Nouri Al-Maliki foi reconfirmado, depois de ganhar o apoio do secular sunita-xiita Iraqiya Party comandado pelo rival ex-primeiro ministro Iyad Allawi, e vencedor das pesquisas em março. O último “conduzirá o Parlamento”, como interlocutor, enquanto Jalal Talabani da Aliança Curda permanecerá chefe do estado.
Os EUA ainda não confirmaram a notícia, mas encorajam as autoridades iraquianas a formarem um governo “inclusivo”.
Os cristãos em Bagdá tiveram no final de semana a primeira reunião na Catedral Sírio-Católica de Nossa Senhora da Salvação depois do massacre de 31 de outubro. O interior estava sem nenhum banco, ao longo do corredor centenas de velas foram derrubadas no chão, formando uma grande cruz no meio na qual foram colocados os nomes das 46 vítimas do massacre dos fiéis no domingo.
“Hoje, oramos pelos agressores que atacaram nossa igreja e mataram nossos padres e sacerdotes Wassim e Thader.” disse o sacerdote Mukhlas Habash em seu sermão, citando os nomes de dois padres de 32 e 27 anos mortos há sete dias. Suas faces sorridentes são exibidas em pôsteres nas paredes enegrecidas e perfuradas de balas da catedral.
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