la é inquieta, não pára um minuto. A atriz Luiza Tomé (45) é capaz de fazer tudo ao mesmo tempo. Cuida do marido, o empresário Adriano Facchini (44), com quem acaba de completar 15 anos de união, dos filhos Bruno (10), Luigi e Adriana (4), que ainda exigem muito a sua presença, e trabalha na Rede Record, onde tem contrato até 2010. Sua próxima aparição na TV será na adaptação de Os Óculos de Pedro Antão – parceria da emissora com a produtora Contém Conteúdo -, em homenagem ao centenário de morte do autor, Machado de Assis, que vai ao ar em 29 de dezembro. Dias antes de vestir o figurino de época da personagem Camila, Luiza descansou no Castelo de CARAS, em Tarrytown, New York. “Foi bacana me preparar para o trabalho. Estava de férias desde dezembro de 2007, precisava voltar”, disse ela, que atuará com Ana Cristina, Karen Marinho (17), Bruno Mello, Michel Bercovitch (42) e Roberto Pirillo. O especial conta ainda com roteiro de Cesar Mayko e produção de Aguinaldo di Fiori.
A vida glamourosa, no entanto, está longe de parecer anúncio de margarina, como a atriz faz questão de enfatizar. “É corrido. Quando gravo, me divido em mil”, conta ela, que, apesar da rotina agitada, sente-se mais estruturada. Além da harmonia familiar e da satisfação profissional, Luiza descobriu uma nova religião. Há dois anos e meio, freqüenta, com o marido e os filhos, a Igreja Batista Palavra Viva. E, desde então, assegura que tudo mudou para melhor.
– O que aconteceu na sua rotina de vida depois que você virou evangélica?
– Muita coisa. A relação melhorou. Adriano era mais ciumento e isso incomodava. Ele aprendeu a perdoar, a não ter mágoa, coisas que só fazem mal. Eu o levei para a igreja e, no final, ele se apegou muito mais. Já fui católica, budista, kardecista. Mas agora me achei. O mundo precisa de fé. Não consigo viver sem Deus. Peco, sou pecadora, sim. Gosto de dançar, beber vinho, fumar meu cigarro. Mas tenho encontrado mais equilíbrio.
– Você e Adriano já superaram uma crise. Como foi?
– Tivemos uma grave quando já freqüentávamos a igreja, há cerca de um ano. É difícil ficar casada por quinze anos e não passar por uma crise ou outra. Quase acabamos, mas seguramos a onda, colocamos tudo na balança. Acho que vamos ter muitos problemas ainda, mas sinto que a cada dia que passa evoluímos na relação. Em um determinado ponto do casamento, a paixão vai embora e o que fica é o amor. Mas fazer o que lá fora? Viver uma aventura? Chegamos à conclusão de que não valia à pena deixar uma relação com três filhos se a gente ainda se amava.
– E as crianças, como reagiram a essa nova opção religiosa?
– Meus filhos são a minha vida. E eles adoram a igreja. É bom que as crianças cresçam com o sentimento de fé. O Luigi canta o hino de louvor durante o banho. É a coisa mais linda. Fico arrepiada só de ouvir. Ele é o que mais questiona e sempre tentamos esclarecer tudo da melhor maneira possível.
– Como você se sente com 45 anos de idade?
– Muito bem. Sou cuidadosa com meu corpo e minha pele, até porque tenho pânico de plástica.
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