Luciano Huck chegou a cogitar uma candidatura à Presidência da República este ano. Mesmo tendo recebido apoios de peso, como o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, acabou escolhendo continuar como apresentador da rede Globo.
Mesmo assim, ele continua falando sobre política. Apesar de no segundo turno ter declarado voto no capitão, na entrevista que concedeu ao Estado de São Paulo no final de semana, insistiu que não enxerga nas propostas do presidente eleito Jair Bolsonaro “um projeto de país”.
Huck admite que Bolsonaro “não enganou ninguém” durante a eleição e ainda quer que as pessoas deem um voto de confiança no futuro presidente. Contudo, o apresentador cobra um plano de redução da desigualdade para o país. Mesmo assim, não anunciou envolvimento com nenhum projeto pessoal que promova isso.
Ele minimizou a eficácia de ações do terceiro setor e de filantropia. “Acho super legal as iniciativas”, afirma, mas insiste que “só quem vai ter o poder, de fato, de reduzir a desigualdade no país é o Estado. Quem toca o Estado é a política”.
Ao falar sobre o ministério anunciado para o próximo governo e as primeiras medidas, Huck está cético. “Não enxergo qual é o projeto de País. E nas agendas que dependem da crença pessoal do Bolsonaro, ele também não está mentindo. A chancelaria, por exemplo, eu posso não concordar. A educação, que quando ele chegou a aventar o nome do Mozart, eu disse ‘caramba bicho!’ eu vou festejar o Bolsonaro… Mas, não, ele foi para um caminho que é o que ele pensa”, destaca.
Apesar disso, rejeita que deve ser feita uma oposição ao presidente que assume em primeiro de janeiro. “Não é hora de fazer oposição. É hora de ter diálogo, é hora de conversar. Não acho que o Bolsonaro enganou ninguém. Ele está fazendo exatamente o que falou que ele ia fazer”, defende.
Na entrevista, Huck mandou uma mensagem ambígua. Ao mesmo tempo que diz que “eu não quero ser político”, admite que trabalha para a fundação de um novo partido, que seria identificado como “de centro”. A agremiação seria uma extensão dos movimentos “Renova” e “Agora!”, do qual ele faz parte.
“A gente teve 120 candidaturas no final e elegemos 17 (deputados e senadores)… O papel do Renova: a gente elegeu deputados aliados super alinhados com Bolsonaro e até lideranças indígenas…. O Renova vai ter um papel importante na eleição municipal daqui dois anos”, destaca.
Acrescentando ainda que “O Agora! que foi um movimento muito horizontal, a gente tá mudando um pouco o enfoque dele para que ele seja um Hub de boas práticas, o lugar que a gente possa fazer a construção dessa agenda de país. Quem está próximo do Agora! com a gente é o Armínio (Fraga), (Paulo) Hartung”.
Falando sobre sua própria atuação, concluiu: “Acho que a televisão que eu faço foi apontar soluções para o Brasil. Quando você começa a pensar políticas públicas é algo muito desafiador. Eu realmente quero tentar contribuir da maneira mais intensa possível que eu puder”.
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