Histórias de conversões dentro do cárcere narradas com peculiaridades da rotina e rituais dos presos estão no livro-reportagem “Na Humildade – Uma investigação jornalística sobre as conseqüências do crime e das drogas”. A autora, jornalista Diane Duque, apresenta relatos dos detentos sobre como se envolveram no crime e de que forma se converteram. Mostra também a forte atuação da igreja em presídios e o fato, segundo ela surpreendente, de que aproximadamente 80% dos presos são filhos, netos ou parentes de evangélicos.
O livro-reportagem é a narrativa, passo a passo, da experiência da autora ao visitar três unidades penitenciárias, em Bangu, zona oeste do Rio e diversos centros de recuperação para dependentes químicos. “Entretanto, o objetivo é alertar sobre a linha tênue que divide o certo e o errado e que as conseqüências de um erro podem ser muito pior do que se pensa. E ainda, mostrar que com ajuda, força de vontade e fé é possível mudar de vida”, salienta Diane.
Conforme a autora, o título “Na Humildade…” é uma alusão aos presos e aos dependentes químicos, pois ambos usam o termo na humildade, contudo, de diferentes formas. No presídio, os apenados usam “na humildade” ou “com todo o respeito” antes de falar com os agentes penitenciários ou visitantes ilustres, em sinal de submissão e respeito. Já os adictos dizem que só poderão ficar longe das drogas sendo humildes e pedindo ajuda.
A jornalista mostra fotos que revelam como vivem os evangélicos no cárcere e ainda alerta para a importância que a igreja tem na ressocialização de milhares de pessoas. “Mais do que orar, a Igreja também é forte em sua ação social diante de toda a sociedade”, conclui a autora.
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