A Associação de Ajuda à China, uma organização norte-americana que monitora a perseguição religiosa, informou que, entre os dias 27 e 28 de maio, 30 líderes de igrejas domésticas da cidade de Langzhong, província de Sichuan, foram detidos e obrigados a pagar multas.
"Catorze cristãos receberam ordem de prisão provisória depois de terem sido brutalmente maltratados", informou a CAA. Testemunhas e membros das famílias das vítimas disseram que a invasão e as prisões aconteceram de 11 horas da manhã do dia 27 de maio, até às 9 horas da manhã do dia seguinte, enquanto o grupo estava reunido para um encontro de comunhão de obreiros.
A organização cristã informou ainda que "depois do encontro, quinze membros do Comitê de Segurança Pública chegaram em seis veículos policiais e invadiram o encontro. Alguns dos detidos foram libertados em 28 de maio. Na manhã do dia 29, catorze cristãos receberam ordem de prisão. São eles: os pastores Li Ming, Wang Yuan, Li Jinbo, Li Chengxi, Shi Zhihe, Gou Yongcai, Jin Jiyun, a irmã Wang Shushua, Gou Qingju, Ke Xiufang, Sun Changfen, Hu Yongju, Zhang Shulan e Liao Zhoulan.
Entre os cartoze presos, os pastores Li Ming, Wang Yuan, Li Jinbo e Jin Jiyun são importantes líderes da Igreja Doméstica Aliança. Essa igreja foi estabelecida em 2004 e é composta de 300 mil membros de vários movimentos de igrejas domésticas espalhados por 21 províncias.
Desumanidade
De acordo com a informação da CAA, "testemunhas disseram que durante a detenção e o interrogatório os cristãos foram tratados com desumanidade, sendo duramente agredidos. O pastor Li Ming, que é um dos sete principais líderes da Igreja Aliança no país, foi visto recebendo golpes e chutes de seis policiais. A cabeça e o abdômen eram as regiões mais visadas."
A CAA informou ainda que, nas últimas semanas, várias igrejas domésticas de Pequim, Shangdong e Guangdong foram forçadas pelas autoridades a interromper suas atividades.
"Essas prisões e detenções ilegais são uma indicação preocupante de que a liberdade religiosa está se deteriorando na China", disse Bob Fu, representante da CAA. "Pedimos à comunidade internacional que exija que o governo chinês honre suas obrigações internacionais de respeitar e proteger os direitos religiosos dos cidadãos chineses." A organização quer a imediata libertação desses líderes cristãos inocentes.
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