Cristãos na Colômbia estão ansiosos para saber o destino do pastor William Reyes, desaparecido desde 25 de setembro. Outros três pastores estão desaparecidos.
William é ministro da Igreja Inter-Americana Luz e Verdade e membro da Fraternidade de Pastores Evangélicos de Maicao (FRAMEN). Ele desapareceu após uma reunião em Valledupar, Departamento de Cesar, às 10 horas, enquanto voltava para sua casa em Maicao, Departamento de La Guajira.
Os membros da família e outros pastores temem que William tenha sido assassinado por grupos armados ilegais que operam no norte da Colômbia. Desde março deste ano, a FRAMEN recebeu repetidas ameaças tanto de diversas facções de direita e esquerda.
Rapto é outra possibilidade. Muitas vezes, criminosos mantêm suas vítimas presas durante semanas, ou meses, antes de contatar os membros da família para pedir resgate. Essa é uma tática projetada para maximizar a ansiedade dos entes queridos da vítima antes de prosseguir com as negociações de resgate.
No mês passado, três outros pastores cristãos foram supostamente mortos em incidentes separados. De acordo com Pedro Acosta, da Comissão de Paz do Conselho Evangélico da Colômbia (CEDECOL), dois ministros morreram na região caribenha, ao norte, e um terceiro em Buenaventura, ao oeste.
Até o fechamento desta reportagem, membros da equipe de defesa e documentação da Comissão de Paz, que acompanha casos de violência política e de abuso dos direitos humanos, estavam viajando a essas áreas, a fim de verificar as identidades das vítimas e as circunstâncias dos assassinatos.
Manifesto por ação
Em 4 de outubro, as igrejas organizaram uma manifestação pública para protestar contra desaparecimento de William. Milhares de manifestantes encheram as ruas de Maicao a fim de exigir o imediato regresso dele à sua família.
Idia Reyes, esposa de William, é secretária da FRAMEN. O casal tem três filhos: William, 19, Luz Mery, 16, e Estefânia, 9.
O CEDECOL e a Justapaz (organização fundada pela Igreja Menonita que presta assistência às vítimas de violência) lançaram uma campanha de Ações Institucionais, a fim de atrair a atenção internacional para o caso e requerer ação governamental para localizar William.
"Estamos gratos pela onda de orações e apoio de igrejas no Canadá, nos Estados Unidos, na Suécia e no Reino Unido", declararam, em uma carta aberta, Janna Hunter Bowman, da Justapaz, e Michael Joseph do CEDECOL.
"As violações dos direitos humanos das pessoas da igreja e da população civil em geral estão em curso na Colômbia. No ano passado, o programa da Comissão de Paz da Justapaz registrou o assassinato de quatro pastores, além de 22 homicídios de obreiros e membros da Igreja", dizia a carta.
Algumas dessas mortes podem ter sido executadas por membros das Forças Armadas colombianas, segundo as provas coletadas nas últimas semanas. O Ministério Público e os grupos de direitos humanos liberaram algumas provas de que as unidades militares raptam e assassinam civis, vestem seus corpos com uniformes militares e os arrolam como rebeldes mortos em combate.
De acordo com um relatório de 29 de outubro do The New York Times, os soldados cometem assassínios macabros com o duplo propósito de "limpeza social" – a eliminação extrajudicial de criminosos, usuários de drogas e membros de gangues – e para ganhar promoções e bônus.
O escândalo levou o presidente Alvaro Uribe a anunciar na quarta-feira (29 de outubro), que tinha demitido mais de vinte soldados e oficiais, entre eles três generais, envolvidos nos assassinatos.
Ainda na Colômbia é confusa e complexa a guerra civil. Os cristãos são vitimados por seu papel em amenizar as decisões de ambos os combatentes rebeldes e paramilitares.
"Acredito que medidas de segurança preventivas devem ser tomadas a fim de proteger as vítimas desse flagelo que afeta a Igreja", disse Pedro Acosta, do CEDECOL, em referência às atuais ameaças aos cristãos colombianos. "Em comparação com as informações obtidas anteriormente, os casos de violações têm aumentado."
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