Wuille Ruiz, advogado de defesa, procurador e líder da organização Associação Paz e Esperança, de Lima no Peru, informou à Portas Abertas que três cristãos inocentes foram libertados de prisão por decreto judicial, o resultado de novos processos concernentes a pessoas que anteriormente foram acusadas de colaboração com atividades terroristas durante a presidência de Alberto Fujimori.
Nós nos regozijamos com estes irmãos por sua liberdade do encarceramento injusto, mas reconhecemos que necessitarão de muita coragem e força para continuar suas vidas num mundo muito diferente do que eles foram tomados a dez ou doze anos. Necessitarão de muita oração, para encararem a incerteza na tentativa de reconstruir e se reintegrarem depois desta "parada no tempo", para a normalidade.
Augusto Camacho Alarcón,, 45 anos de idade, que foi detido pela polícia no dia 23 de julho de 1992, enquanto andava em uma rua de Lima. Ele foi falsamente acusado de possuir material explosivo. Embora nenhuma prova jamais tenha sido apresentada, Alarcón não teve direito a qualquer representação legal, ele foi condenado por um painel de "Juizes Sem Face" e condenado à prisão perpétua na Prisão de Castro. Em Outubro de 2004, mesmo aqueles cujas assinaturas o tinham condenado concordaram que ele deveria ser um homem livre.
Julia Natividad Rodríguez Suarez , 30 anos de idade, foi detida em abril de 1994 quando visitava sua irmã numa prisão de mulheres em Chorrillos. Foi acusada de tentar passar um pedaço pequeno de papel contendo texto subversivo em código pelas grades. Foi coagida a envolver-se com outras pessoas como membros do "Sendero Luminoso" na tentativa de conservarem sua mãe e sua irmã mais jovem detidas também. Os "Juizes Sem Face" sentenciaram Júlia a doze anos de prisão embora nenhuma prova do dito papel tenha sido apresentada. Isto, e mais outras irregularidades no caso, justificaram sua absolvição no dia 29 de outubro de 2004. A anistia Internacional a adotou como "Prisioneiro de Consciência".
Carlos Alberto Jorge Garay, 32 anos, foi detido a algumas quadras de sua casa no dia 23 de julho de 1992, com o pretexto de que ele participava do"Sendero Luminoso" numa greve armada. Ele foi sentenciado a vinte e cinco anos na Prisão de Castro . As irregularidades em seu caso não mostram nenhuma justificativa para que houvesse encarceramento, e no dia 2 de novembro de 2004, foi absolvido de todos as acusações. Garay também foi adotado pela Anistia Internacional como "Prisioneiro de Consciência."
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