Longe das manchetes de jornal, eles vivem nas sombras da Malásia. Separados de suas famílias, centenas de jovens temem voltar à perseguição que enfrentavam em sua terra natal: Mianmar.
Entretanto, eles vivem temerosos na Malásia também, explorados como escravos virtuais, ou forçados a viver nas selvas, enquanto se escondem das autoridades.
É, sem dúvida, um inferno o que vivem", disse Kavita Shukla, defensora do Refugees International (Refugiados Internacional) em Washington, D.C., uma agência sem fins lucrativos.
Dezenas desses refugiados foram selecionados para ir a Grand Rapids ano que vem. Esse trabalho é reminiscência do projeto que levou 200 "garotos perdidos" sudaneses para West Michigan nos últimos anos.
O Serviço Cristãos de Betânia disse esperar por volta de 50 menores em 2006, de acordo com a especialista em refugiados Dana Anderson. Ciente disso, a agência Grand Rapids já começou a procurar famílias que os hospedem.
Procuramos famílias que se tornem pais de criação licenciados", ela disse. "Estamos atrás de lares que os ajudem a se aclimatar e a fazer isso em West Michigan, por conta própria".
Esse será um desafio considerável, dado as circunstâncias que os tornaram refugiados.
Esses jovens são membros da minoria Chin em Mianmar (ex- Burma) e receberam por legado a perseguição cultural, econômica e religiosa em sua terra natal.
São cristãos, e quase já é parte de suas rotinas sere oprimido ou encarcerados por praticarem sua fé em uma nação budista, e que está sob ditadura militar há décadas. Eles não podem ter empregos nem ir à escola.
De acordo com o Comitê de Refugiados Chin, cerca de 12 mil chins vivem na Malásia, dos quais 9 mil são registrados junto ao Comitê. A maioria fugiu de Mianmar para a Tailândia e depois foram até a Malásia. Mais de 2,5 mil pediram asilo político à ONU.
A situação deles tem ficado mais precária desde março, quando o governo malaio começou a prender e deportar para Mianmar os residentes que estavam sem documentos.
Nos últimos cinco anos, o Serviço Cristãos de Betânia alojou mais de cem menores desacompanhados provenientes do Sudão. Antes de chegarem lá, os "garotos perdidos" sofreram com a perda de seus pais, a guerra civil brutal no Sudão e anos em um campo de refugiados no Quênia.
Laurie Tibble-Hohnke, supervisora de adoção de refugiados na organização, espera que os refugiados chins se adaptem tão bem quanto como os sudaneses.
Eles estão indo bem", Laurie disse, acrescentando que a maioria está matriculada no colégio. "Queremos fazer mais. Agora, pedimos ao West Michigan para ajudar de novo".
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