Na madrugada do dia 6 de julho, jovens desconhecidos perturbaram meninas do orfanato da Missão internacional Emmanuel (EMI, sigla em inglês) e atearam fogo ao prédio no distrito de Kora, Estado de Rajasthan.
O incidente aconteceu às 2 da manhã, quando pelo menos seis jovens tentaram entrar no dormitório das meninas do orfanato, disse Saji Kutty, da EMI, à agência de notícias Compass.
Saji disse que um dos jovens subiu pelo cano de esgoto e alcançou a janela de um quarto, batendo nela com uma vareta. As garotas acordaram e gritaram. Depois disso, ele desceu e, com os outros, começou a atirar pedras na janela.
Mais tarde, os jovens atearam fogo a um pneu e o atiraram na sala do gerador de energia. Um painel e um transformador pegaram fogo e foram destruídos, uma perda estimada em 400 mil rúpias (8.602 dólares), contou Saji.
Quando Saji foi à delegacia de Udyog Nagar para fazer uma queixa, a polícia se recusou a preencher o Boletim de Ocorrência.
Saji diz que eles só aceitaram a queixa por escrito e não lhe deram uma cópia assinada dela.
A EMI enviou cópias da queixa a autoridades do distrito e do Estado, incluindo a Comissão das Mulheres do Estado de Rajasthan e a Comissão das Minorias do Estado.
Funcionários do departamento de bem-estar social afirmaram que o fogo foi causado por um curto-circuito, mas Saji disse: "Temos no prédio equipamento de segurança para incêndios, que desliga a força assim que acontece um curto-circuito". Esses funcionários foram designados pela Alta Corte para irem ao orfanato, depois de uma ordem em 13 de junho.
Saji ficou preocupado por o departamento de bem-estar social não ter indicado nenhuma mulher para visitar o orfanato. Dinesh Rajpurohit, um membro ativo da organização extremista Matantaran Virodhi Manch (Frente de Anti-Conversão), é o líder da equipe oficial que vistoria o orfanato.
Saji disse que, desde que os funcionários do governo foram encarregados de visitar o orfanato, os fundamentalistas hindus têm freqüentado o local e intimidado a equipe e os internos da EMI.
Ele também disse que o contrato com fornecedores de alimentos e outros itens foi dado àqueles ligados com organizações extremistas hindus.
Outro funcionário da EMI, James Abraham, já havia escrito aos funcionários do governo de Kota, alegando que Dinesh visitou o orfanato com vários membros da Frente de Anti-Conversão no dia 21 de junho.
"Elesforam direto aos aposentos das meninas e entraram em seus quartos em bater na porta. Eles também fizeram observações obscenas", disse James.
Quando a equipe da EMI objetou, os extremistas ameaçaram abrir um processo contra eles e afirmaram que as garotas "não estavam seguras" sob a direção da EMI.
O Conselho Global de Cristãos Indianos exigiram uma investigação dos incidentes na EMI que fosse independente da administração e dos extremistas hindus.
Diretor recebe aviso
O Rajasthan Patrika, um jornal regional, relatou no dia 7 de julho que a Alta Corte de Rajasthan emitiu um alerta ao departamento de bem-estar social e ao seu diretor, Madan Dilawar. Ela acusava o diretor de instigar pessoas contra minorias, incluindo cristãos.
O jornal afirmou que Madan estava envolvido na opressão de cristãos mesmo antes de se tornar um ministro em dezembro de 2003. O jornal ainda disse que Madan intensificou os ataques depois que se tornou responsável pelo departamento de bem-estar social.
Sobre o incidente de 6 de julho, o Patrika relatou que a polícia evitou preencher uma queixa formal contra Dinesh, funcionário do departamento de bem-estar social, acusado de trazer desordem ao orfanato e tentar molestar sexualmente as meninas.
Extremistas hindus têm perseguido a EMI desde janeiro. Eles acusam a equipe da EMI de ferir os sentimentos religiosos e quebrar as regras do governo quando distribuíram o livro Haqeekat (Realidade). O presidente da EMI, Samuel Thomas e seu pai, arcebispo M.A. Thomas, foram acusados de criar "desarmonia pública", e ambos serão julgados em agosto.
A EMI dirige o instituto bíblico Samiti, o orfanato Anath Ashram, a Escola Emmanuel da Sociedade, o hospital Chikitsalaya Samiti, e a Sociedade de Fiéis. A organização dirige um movimento de igrejas nacionais e serve mais de 1 mil crianças através de trabalho humanitário e educacional.
Samuel Thomas foi preso no dia 16 de março, sob acusações de criar "desarmonia pública". Ele foi libertado sob fiança temporária no dia 2 de maio, mas apelará à corte em 1 de agosto.
Seu pai também foi acusado, mas se escondeu e pediu fiança antecipada, antes de aparecer na delegacia de Udyog Nagar, em Kota, no dia 15 de maio, para responder às acusações.
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