Um número crescente de cristãos na Jordânia, incluindo missionários nativos e refugiados, foi forçado a deixar a nação predominantemente islâmica, segundo informações divulgadas pela Associação Cristã de Ajuda (CAM, sigla em inglês), por causa da perseguição religiosa.
Em entrevista à BosNewsLife, uma fonte da CAM revelou que autoridades muçulmanas locais, “influenciadas por radicais islâmicos”, começaram a forçar mudanças dentro do país para a adoção da sharia (lei islâmica).
“Embora o governo federal esteja resistindo, os radicais estão trabalhando para implementar a sharia em diversas áreas”, disse.
Segundo a fonte, os tempos estão mudando bem como os sinais de pressão sobre os cristãos. Acredita-se que muitos deles sejam refugiados iraquianos e também cristãos egípcios, além dos missionários jordanianos nativos.
Cartas de ameaça
“Alguns crentes receberam cartas de radicais islâmicos exigindo que eles deixem os ministérios. No caso de recusa, podem ser presos. Vários foram algemados e escoltados até um avião ou barco. Eles estão sendo deportados tipicamente sem dinheiro ou uma chance para dizer adeus às famílias”, disse a fonte que preferiu não se identificar com medo de represálias.
Um dos incidentes mais recentes aconteceu com um missionário jordaniano. “O homem era um ministro de mocidade na igreja dele que ganhava a vida trabalhando em um hotel. Ele recebeu uma carta das autoridades locais exigindo que ele deixasse o trabalho dele no hotel e também o ministério de mocidade. Como ele resistiu, foi expulso de seu próprio país.”
Esse tipo de exigência, via carta, já ocorreu com outros cristãos. Foram deportados também vários egípcios “com ministérios especialmente frutíferos.” Além disso, aumentou a perseguição contra missionários jordanianos nativos. Muitos deixaram o país pelo medo da prisão.
Os cristãos locais dizem que as autoridades também começaram a perseguir os cristãos que fazem evangelismo.
Apesar de o islã ser a religião estatal oficial e de 95% da população ser muçulmana, a constituição da Jordânia prevê a liberdade de religião. Espera-se que o governo entre em ação para evitar prisões e deportações de cristãos.
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