Jogadores se convertem e mudam nome do time
Boleiros largam noitadas para encontrar Deus
Fundado em 1999 com o objetivo inicial de reunir jogadores amadores que gostavam de “baladas” e outras “barcas”, hoje o Caça Barca, de Manaus (AM), conta com boleiros que buscam por meio do esporte, união e fé transmitir a palavra de Deus aos companheiros de gramado.
No Peladão Brahma 2015, os jogadores estão focados no título e ansiosos para levantar a taça de campeão. O time vem empolgado pela boa fase nos campeonatos que participam no Bairro da União e a adesão de alguns atletas cristãos ao elenco só reforçou a confiança.
Atual campeão da Copa da Paz, que reúne os maiores times do futebol amador no estado, o agora “Caça Barca União e Fé” (com a mudança do perfil dos jogadores do time, o nome mudou junto) acumula no currículo oito títulos no Bairro da União.
Um dos fundadores e jogador do time, Ivo Helison contou ao portal A Crítica que em 2005 eles começaram a participar de campeonatos e nesses 10 anos o time foi amadurecendo dentro e fora de campo: “Na época, criamos uma equipe competitiva para disputar o Peladão. A ideia era vencer. Hoje somos uma das maiores equipes do futebol amador”, declarou.
As noitadas e festas ficaram para trás há cinco anos quando Deus tocou em seu coração: “Quando entrei para a igreja, a ideia era acabar com tudo, pois não tinha nada a ver: festas, bebidas… Aí Deus tocou no meu coração para evangelizar os amigos do time. Continuamos com a equipe, agora com outro propósito”, explicou Ivo.
O Caça Barca tirou da logo uma taça de cerveja e colocou um escudo escrito “Fé” no lugar, além da mudança no nome, que ganhou o acréscimo “União e Fé”.
Desde então Ivo evangeliza o time dentro e fora do campo. Antes de cada jogo, com a Bíblia nas mãos, lê uma passagem aos atletas e faz uma reflexão sobre o assunto. No início, temeu que a maioria dos jogadores saísse do time, mas a aceitação foi tão grande que se estendeu até as redes sociais.
A base da equipe para o Peladão Brahma é formada por jogadores que atuam nas categorias de base do Nacional, São Raimundo e Sul América (times profissionais), além de alguns boleiros rodados nos campeonatos de bairro, com média de idade entre 18 e 20 anos. Segundo Ivo, muitos jogadores procuram o time querendo fugir das drogas e do álcool, e o clube ajuda com trabalho social e psicológico.
Na véspera dos jogos acontece um culto pedindo bênçãos de Deus para que tudo dê certo e não ocorra violência em campo.
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