O meia brasileiro Kaká, do Milan, entrou para a história não só ao ser nomeado vencedor da Bola de Ouro de 2007, mas por ser o mais jovem a levar o prêmio da revista “France Football” ao melhor jogador do ano.
Caso o favoritismo não se confirmasse, outros dois jovens nomes eram cotadíssimos para a conquista: o atacante português Cristiano Ronaldo, do Manchester United e com 22 anos, e o argentino Lionel Messi, que completou 20 anos em meio a uma temporada excelente pelo Barcelona.
Isto mostra que o futebol mundial é dominado atualmente por uma geração que muito mais jovem, e que a cada ano ganha nomes mais fortes. Estes atletas, que mais se parecem com adolescentes que homens, levam aos gramados um futebol talentoso, condizente com sua idade.
Kaká levou o prêmio com 444 votos, pontuação que o colocou como o nono jogador com mais média de menção na história do prêmio. Foi a primeira vez que concorreram à Bola de Ouro jogadores de todos os continentes – o goleiro Rogério Ceni, bi brasileiro pelo São Paulo, estava na lista.
Cristiano Ronaldo teve 277 votos entre os 96 jornalistas que formaram o júri ampliado e acabou com 22 a mais que Messi, um dos mais precoces pódios da Bola de Ouro.
O prêmio coroou a brilhante atuação de Kaká na conquista do título da Liga dos Campeões pelo Milan. Além de comandar o time em campo, ele acabou como artilheiro do torneio, com dez gols.
Na cerimônia, o brasileiro esteve acompanhado de seus pais, sua esposa, Caroline Celico – que está grávida – e seu irmão Digão, também jogador de futebol e já no Milan.
Os dirigentes do clube italiano também estiveram lá, e o vice-presidente e chefe-executivo da equipe, Adriano Galliani, já disse que o jogador é “intransferível”.
Se o meia já era cobiçado antes de levar a Bola de Ouro, o assédio aumentará. Mas o próprio já disse que gostaria de ficar no clube italiano.
“Sempre disse que quero continuar por muitos anos no Milan, começo a ser um líder no elenco. Chegar ao posto de capitão é uma motivação a mais”, afirmou um Kaká que, prudente, assegura que seu destino, como o de qualquer um, “só Deus sabe”.
O primeiro troféu Bola de Ouro mundial ficou no Brasil, que ganhou cinco dos dez últimos troféus e parece o mais beneficiado com a abertura progressiva do prêmio.
Se Ronaldo foi o primeiro sul-americano a conquistar a distinção dois anos depois de o prêmio ser aberto a jogadores de todas as nacionalidades que atuam na Europa, em 1997, Kaká leva o primeiro em escala mundial.
Enquanto isso, Rivaldo, então no Milan, ganhou em 1999, Ronaldo, que recuperou o bom futebol e o prêmio no Real Madrid, em 2002, e em 2005, um Ronaldinho Gaúcho em ascensão no Barcelona levou a distinção nos 50 anos do prêmio.
A lista de 2007 tem muitas diferenças em relação ao ano passado.
O marfinense Didier Drogba, do Chelsea, foi o quarto, com 108 votos, enquanto o italiano Andrea Pirlo, também do Milan, teve 41 e ficou em quinto.
Também entraram na lista de votados os brasileiros Robinho, nono com 24 citações, Ronaldinho Gaúcho, 12º com 18, e Daniel Alves, 15º com 14.
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