Israel protestou contra a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil prevista para o dia 6 de maio em Brasília, convocando o embaixador brasileiro no país para dar esclarecimentos.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, o objetivo da convocação foi "manifestar o protesto de Israel em relação a visita ao Brasil de uma figura tão negativa".Em entrevista à BBC Brasil, a embaixadora Dorit Shavit, diretora-geral do departamento de América do Sul do ministério, afirmou que "Israel não costuma interferir nos assuntos de outros países, mas ficaria contente se a visita de Ahmadinejad fosse cancelada".
A embaixadora afirmou que na ultima terça-feira, dia 28 de abril, convocou o embaixador brasileiro em Israel, Pedro Motta, para prestar esclarecimentos sobre a visita do presidente iraniano a Brasília.
Conselhos
Dorit Shavit, que foi cônsul de Israel em São Paulo durante os anos 90, disse que "justamente um país como o Brasil, que valoriza os princípios de democracia e respeito aos direitos humanos, não deveria convidar um líder político que nega o Holocausto, defende a destruição de Israel e desenvolve armas nucleares".
"Ahmadinejad não é só um perigo para Israel, mas sim para o mundo inteiro", disse Shavit.
"O Irã também semeia terror na América do Sul, como vimos nos ataques cometidos na Argentina em 1992 e 1994, contra a embaixada de Israel e contra o Centro Judaico Amia."
A embaixadora afirmou ainda que aqueles que querem influenciar o Irã em um sentido democrático "deveriam isolar Ahmadinejad".
"Esta figura negativa defende a perseguição de minorias, a repressão das mulheres e dos homossexuais e não deve receber legitimidade", acrescentou Shavit.
Futuro
A embaixadora se negou a comentar quais seriam os passos futuros que Israel tomaria sobre esta questão.
"Ainda não sabemos sobre medidas futuras, isso depende de muitos fatores, inclusive do perfil da visita", disse, "por enquanto convocamos o embaixador Pedro Motta para manifestar nosso protesto".
A BBC Brasil conversou com o embaixador Motta, porem ele se negou a fazer qualquer comentário sobre esse assunto.
Esta é a segunda vez em menos de um mês que encontros de outros países com o presidente iraniano geram incidentes diplomáticos com Israel.
No incidente anterior, a chancelaria israelense pediu explicações aos representantes diplomáticos da Suíça depois que o presidente suíço, Hans Rudolf Merz, se encontrou com Mahmoud Ahmadinejad, no dia 20 de abril, durante a conferência antirracismo da ONU em Genebra.
Naquele caso Israel chamou de volta seu embaixador na Suíça.
Ainda não se sabe se depois da visita de Ahmadinejad Israel tem planos de chamar seu embaixador no Brasil, Giora Becher, ao país.
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