O fundador da Open Doors International (Portas Abertas) desafiou os 3.000 representantes de uma rede missionária na Alemanha a superar a inimizade com a comunidade muçulmana e a amá-los como Cristo os amaria, dizendo que Islam (islã em inglês) deveria significar I Sincerely Love All Muslims (eu amo verdadeiramente todos os muçulmanos).
O holandês, mais conhecido como “Contrabandista de Deus” por causa de seu livro homônimo, está agora em seus 80 e poucos anos, mas não perdeu sua paixão por alcançar aquilo que parece inalcançável, e disse que a chave para impactar os muçulmanos com Cristo é a humildade.
Ele diz: “Precisamos ter uma atitude humilde, e o que eu faço, pessoalmente, é ir até os muçulmanos, como no Irã, Líbia e Hamas e pedir perdão a eles porque não os amamos como Jesus nos disse para fazer. Não os amamos o suficiente para ir e compartilhar Cristo com eles. Só os abandonamos na total solidão”.
“Penso que é nossa culpa não estar lá e sinto muito forte que essa é minha convicção pessoal. Então, quando chego até eles, não peço desculpas pelo comportamento ocidental, que é muito ruim, mas não é a questão. É um assunto pessoal. Jesus me mudou. Ele quer mudar vocês também. Somente uma pessoa transformada por Deus vai fazer a diferença nesse mundo e torná-lo melhor, pouco a pouco. Mas vamos começar em nós, e partimos daqui.”
O Irmão André foi muito encorajado pelo congresso de missões, que ele acredita ajudar os jovens a fazer as escolhas certas na vida: “Isso realmente me deixa animado, porque imagino que um congresso como esse deveria acontecer em muitos lugares da Europa, e não a cada dois anos, mas todos os anos, porque nós, como igreja, falhamos em alcançar os jovens. Existem muitas alternativas disponíveis e praticamente sem custos. São muitas escolhas que eles podem fazer. É muito fácil para os jovens fazer a escolha errada. Aqui, eles são confrontados com escolher certo e viver uma vida radical, e não fanática por Cristo. E isso significa que estou disposto a morrer para que vocês recebam vida. Foi isso que Jesus fez. Estamos dispostos a andar como Ele andou?”
A ANS perguntou ao Irmão André sobre o que ele via ser o maior desafio para alcançar os muçulmanos na Europa: “Em primeiro lugar, amá-los como Jesus amou. Há uma lacuna cultural, que nós fortalecemos, porque mal os cumprimentamos, e não os aceitamos. Esperamos que eles se integrem, mas devemos aceitá-los com são, tentarmos sermos amigos, ajudá-los com o idioma, com as compras, essas pequenas coisas. Mas ao menos devemos cumprimentá-los na rua. As pessoas na Holanda não fazem isso. Então, devemos aceitá-los antes de integrá-los. Talvez depois possamos apresentar Jesus com nossas palavras, mas antes devemos fazê-lo com nossas atitudes.”
O Irmão André disse que outra chave para alcançar os muçulmanos é encontrá-los em um ponto em comum: “Eu normalmente trato com eles quando estão passando por momentos de muita necessidade, como quando foram deportados, estão em campos de refugiados, hospitais, prisões, onde eles precisam de ajuda. Eu não posso simplesmente dizer ‘Aqui estou, e agora vocês vão me ouvir. Eu conheço a verdade.’ Para eles, essa não é a verdade, eles têm a própria. Eles precisam ver meu coração.”
Agora, na idade com que muitas pessoas já teriam se aposentado, a ANS perguntou porque o Irmão André continua viajando para todos esses lugares: “Eu não tenho escolha”, respondeu ele. “O apóstolo diria: ‘O amor de Cristo me constrange’. Sempre me sinto mal se fico em casa. Fico feliz quando estou nesses lugares”.
“Minha oração e esperança é para que a próxima geração continue esse trabalho, que é a única razão pela qual estou aqui.”
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