A publicação de uma charge do profeta Maomé na capa da revista francesa Charlie Hebdo, depois do atentado à sede da publicação, motivou um protesto violento nas ruas de Niamey, capital do Níger, na África. Durante os protestos, pelo menos duas igrejas foram incendiadas.
Segundo a BBC, o protesto começou do lado de fora da maior mesquita da cidade, e polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. A embaixada francesa no país pediu que seus cidadãos ficassem em casa.
A capa da última edição da revista, que motivou os protestos, traz uma charge em que Maomé segura um cartaz em que se lê “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie). A frase, em francês, tem sido usada desde o ataque à publicação como forma de protesto contra a morte dos chargistas, e também como forma de manifestar repúdio aos ataques terroristas.
Com o grande apelo popular da frase, os 60 mil exemplares originais da edição se esgotaram nas bancas, e a revista já providenciou a impressão de mais sete milhões de cópias.
Muitos muçulmanos consideram como uma ofensa a retratação do profeta Maomé, e a publicação motivou também protestos contra a revista no Paquistão, no Sudão, na Algéria e na Somália.
No Níger, uma ex-colônia francesa, centenas de manifestantes se reuniram nas ruas gritando “Deus é grande” em árabe. Além disso, um grupo de pessoas depredou lojas administradas por cristãos em Zinder, no sul do país.
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