No mês passado, as autoridades de Cartum, capital do Sudão, fecharam vários pontos de encontro de cristãos, principalmente nas comunidades de refugiados. O fechamento das igrejas segue uma ordem do Ministério da Administração Interna do governo. "Os refugiados costumavam se reunir nas igrejas, toda sexta-feira, e os trabalhos que eram realizados aos cristãos sudaneses foram proibidos", disse uma fonte que não quer ser identificada por motivos de segurança.
As igrejas que permaneceram abertas tiveram que apresentar toda a documentação legal e agora o governo também exige que seja entregue uma ficha com o nome do pastor responsável e endereço, passaporte, contatos de todos os líderes envolvidos com o ministério, nomes de todos os membros e local das reuniões. "As mudanças no governo do Sudão, em relação à liberdade religiosa, vai afetar também os refugiados da Eritreia, Sudão do Sul, Etiópia e Filipinas. Os líderes estão preocupados com os últimos acontecimentos e disseram que o fato de pedirem tantas informações pessoas é um mau sinal. Na Eritreia fizeram a mesma coisa e as igrejas permaneceram fechadas. Os governos estão fazendo um jogo para aumentar ainda mais a pressão sobre os cristãos", comenta um dos analistas de perseguição.
De acordo com relatórios da Portas Abertas, dois líderes cristãos foram presos em dezembro do ano passado, e permanecem incomunicáveis desde então. A comunidade onde eles evangelizavam está muito preocupada com o bem estar deles. O Sudão é o 8º país na Classificação da Perseguição Religiosa deste ano, onde existe uma espécie de política de limpeza étnica. Além disso, nas últimas décadas a imprensa e meios de comunicação têm enfrentado restrições e a liberdade de expressão e religião tem sido muito reduzida. Mas nada disso impede o crescimento do evangelho, e os cristãos sudaneses continuam cada vez mais firmes na fé em Cristo.
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